Após macaco ser encontrado morto na cidade, bloqueio vacinal está em fase de finalização

O Município de Tubarão está sob investigação, após um morador do bairro de Oficinas ter encontrado um macaco morto em frente a sua residência. Não se sabe se o animal possui ou não a doença da febre amarela, mas as providências foram tomadas. A Fundação Municipal de Saúde (FMS) orienta a todos os moradores de bairros próximos a comparecerem as respectivas Unidades Básicas de Saúde (UBS) para, caso não tiverem a vacina, receberem a dose.

 

O animal, conhecido como Sagui, foi retirado pela Unidade de Vigilância de Zoonoses e encaminhado imediatamente para o Hospital Veterinário da Unisul, que faz parceria com o município e é responsável por coletar o material para análise e investigação do óbito. Depois que coletado, o material é enviado para um laboratório autorizado do estado, onde o resultado deve sair em torno de 20 a 30 dias.

 

A Vigilância Epidemiológica do Município e a do estado de Santa Catarina foram notificadas sobre o caso. Assim, diante do episódio, em um raio de 300 metros do ponto zero, que é o ponto onde o animal foi encontrado, deve-se fazer um bloqueio vacinal nos moradores.

 

O bloqueio vacinal foi iniciado e está em progresso. De acordo com o diretor-presidente da FMS Daisson José Trevisol, o serviço deve finalizar na noite desta terça-feira (5). “Já iniciamos o bloqueio, o protocolo está sendo seguido e esperamos finalizar até as 22 horas desta terça, para que a gente consiga imunizar a totalidade certa da população dentro desse raio”.

 

“Quem mora ou trabalha na região das unidades de Oficinas I, Oficinas II e Morro da Caixa, e não tiverem a vacina contra a febre amarela, devem procurar salas de vacinas para se imunizarem”, ressalta a gerente de saúde Chaiana Marcon.

 

 

Sobre a vacina contra a febre amarela

 

Em janeiro de 2018, a vacina foi inclusa no calendário de vacinação para crianças de 9 meses e adultos que fossem viajar para locais de risco. Depois de alguns estudos no cenário epidemiológico a nível nacional, o Ministério da Saúde (MS), decidiu incluí-la no calendário para toda a população – destes de 9 meses até 59 anos – determinando todo o país como área de recomendação da vacina.

 

Todavia, a vacina é contraindicada para crianças menores de 9 meses, gestantes, mulheres amamentando crianças de até 6 meses, pacientes em tratamento de quimioterapia, radioterapia ou com corticoides, em doses elevadas. Em caso de dúvida, um médico deverá ser consultado para solicitar a autorização.