Setembro Amarelo: centros de atendimentos iniciam ações na próxima semana
Otimismo, alegria e prosperidade. Esses são os sentimentos que, simbolicamente, a cor amarela transmite para quem a observa. Utilizar o amarelo como cor principal da campanha, que luta contra o suicídio, visa devolver essas palavras-chaves na vida de quem mais precisa. O mês é mobilizado por ações que buscam conscientizar e debater sobre os transtornos mentais. Em alusão, o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS II), em parceria com a Fundação Municipal de Saúde (FMS), vai promover diversos eventos para os pacientes, familiares e comunidade.
Rodeados de tabus, os transtornos mentais são doenças silenciosas e que precisam de muita atenção. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2018, o suicídio é, na maioria das vezes, consequência delas e acontece a cada 40 segundos, ou seja, em um ano 800 mil pessoas perdem a vida desta forma. “Divulgar e promover a campanha é de grande relevância, tendo em vista que o suicídio é um tema grave de saúde pública”, relata a psicóloga do CAPS II, Camille A. Félix.
Apesar dos números cada vez mais preocupantes e recorrentes, a OMS estabeleceu uma meta para tentar reduzir em 10% os casos de mortes por suicídio até 2020 e todos nós podemos ajudar. Assim, a fim de “incentivar as pessoas a falarem aquilo que sentem e mostrar a importância da necessidade de pedir ajuda”, como descreve a psicóloga, é que as primeiras ações serão promovidas na próxima semana.
Na terça-feira (10), a partir das 9h30, uma palestra na sede do CAPS II acontece para os pacientes, como tema “A Prevenção do Suicídio”. Já para os adolescentes atualmente acompanhados pelo serviço, uma roda de conversa acontece na sede, durante a quarta-feira (11), a partir das 14 horas. E para as crianças que estão sob supervisão, a atividade de culinária “Mão na Massa” ocorre na quinta-feira (12), a partir das 13h30.
Buscando ajuda
Em Tubarão, a prefeitura oferece psicólogos, psiquiatras e grupos de terapia, tanto por meio da Atenção Básica, quanto pelos CAPS, e os atendimentos são guiados de acordo com o nível do paciente. Níveis leves são acompanhados pela Unidade Básica de Saúde, níveis médios são encaminhados aos psiquiatras locados na Policlínica Central e níveis graves e gravíssimos deslocados para as unidades de centro de atendimento, os CAPS.
Para buscar atendimento, a principal porta de entrada é a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro onde o paciente reside, “mas se alguém chegar diretamente nos CAPS, será acolhido e avaliado por um técnico de referência para saber onde será atendido”, informa a coordenadora dos programas de Saúde Mental, Charla Flor.
Conhecendo estruturas
Por meio do serviço público, duas unidades de atendimento psicossocial integram a cidade. O CAPS são centros de referência que acolhem e realizam um tratamento, por intermédio de uma equipe multidisciplinar, para os pacientes e familiares que encontram-se vivenciando um sofrimento psíquico.
O CAPS II – Centro de Atendimento Psicossocial é responsável pelos transtornos mentais e sofrimento psíquicos. Já o CAPS-AD – Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas é destinado ao sofrimento psíquico e aos cuidados com ouso abusivo de álcool e drogas.
Centro de Valorização da Vida
No início dos anos 60, o Centro de Valorização da Vida (CVV) foi criado e tenta auxiliar diversas pessoas todos os dias, até hoje. Totalmente sigiloso, a comunidade possui o intuito de dar apoio emocional e prevenir o suicídio. “Conversar com alguém de uma forma acolhedora e sem julgamentos, já ajudaria essa pessoa a superar aquele momento, porque às vezes a pessoa só precisa de alguém que a escute”, pontua a voluntária do CVV de Tubarão, Beatriz Juncklaus. O serviço funciona tanto por telefone, através do 188 ou pela internet na própria plataforma, pelo site www.cvv.org.br.