Prefeito reúne secretários e determina controle das contas até o final do ano

No encontro com os integrantes do primeiro escalão e gerentes das principais áreas do governo, ocorrido nesta segunda-feira (24), foram analisadas as metas fiscais relativas ao segundo quadrimestre de 2018. A orientação do prefeito foi de alerta e prudência no direcionamento de recursos, visto a queda da arrecadação.

 

Dois fatores são os principais responsáveis pela retração nos resultados financeiros até aqui: a constante queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e o pagamento de precatórios judiciais. Só em precatórios, o atual governo tem pago mais de R$ 1 milhão por mês, valores que poderiam ser investidos em outras finalidades, mas, que, pelo entendimento jurídico, têm seus pagamentos priorizados. Já o FPM, cujo valor esperado para a parcela da semana passada era de R$ 400 mil, não chegou a R$ 200 mil.

 

Diante desses fatos, o momento financeiro exige cautela. “Agradeço o zelo e o empenho dos membros do governo em manter nosso planejamento para 2018, mas, esses fatores alheios à nossa vontade, fazem com que seja preciso puxar o ‘freio’, reavaliando e ajustando os investimentos e despesas, para fecharmos o ano bem”, avalia o prefeito Joares Ponticelli.

 

Na reunião, o Controlador Geral do Município, Carlos Eduardo de Bona Portão, fez uma apresentação dos números do quadrimestre e também recomendou a necessidade de ajustes nas contas. “Mesmo que os números sejam referentes a dois terços do ano, muitas receitas não chegam a 50% do orçado e isso preocupa”, analisa Carlos Eduardo.

 

O vice-prefeito Caio Tokarski salientou que é necessário cautela e paciência para enfrentar o momento. “Áreas como saúde, educação e gestão tiveram grandes avanços nesses primeiros meses, mas, até o final do ano, infelizmente, alguns ajustes com possíveis cortes poderão ocorrer”, salienta.

 

Na análise técnica que a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) fez sobre a última parcela do FPM, os técnicos do órgão afirmam que o decréscimo chega a 8,15%, em relação ao mesmo período do ano anterior. A análise ainda prevê que o encolhimento deve continuar até o final do ano.