#AtivoEmCasa: velocista aprende a “correr” no mesmo lugar

Competições, sonhos adiados e planilhas estacionadas. É difícil ficar longe do caminho traçado desde o início do ano. Através da periodização, o técnico molda o condicionamento do atleta de forma fracionada mês a mês, para no dia da disputa alvo, atingir a melhor performance. É como um engenheiro civil que se guia pela planta visando erguer uma casa em perfeitas condições.

 

Mas e se a planta rasgar, molhar ou for perdida? Isso se assemelha ao isolamento social obrigatório. Ser atleta profissional, não é um serviço essencial, nem se enquadra nos grupos econômicos já liberados para trabalho. Por isso, o jeito é treinar dentro de casa, com o que tem à disposição. No atletismo, o técnico de Tubarão Marcos Paulo Huber revela: dá para “correr” no mesmo lugar. Claro, não é nada parecido, mas surte efeito.

 

Exercícios alternativos como o skinping alto, por exemplo, onde o atleta alterna a elevação dos joelhos, simulando uma das primeiras fases da passada do corredor. “Atividades possíveis dentro de um ambiente limitado. Treinos adaptados para atividades cíclicas no mesmo lugar, skinping, saltos, exercícios de membros inferiores com grande número de repetições, circuitos, exercício de força com peso do corpo e flexibilidade”, são as opções que o treinador Huber encontrou para estimular os corredores.

 

Com saudades de calçar a sapatilha e correr na pista, Karolina Teixeira é atleta de Atletismo de Tubarão e garante: “Apesar de ser em casa, os treinos estão pesados, ainda me sinto em forma”. A jovem de 19 anos é velocista, especializada nos 400 metros rasos. “Como não tem como usar a especificidade da prova, estou fazendo o possível para manter a condição física anterior dela”, relata o professor.

 

Os dois permanecem em contato através das redes sociais, como os demais treinadores e atletas tubaronenses. Todos unidos na mesma torcida que tem como hino principal a vontade de se voltar logo a rotina de treinos.