Brincadeira é tema de capacitação

“Brincadeira é coisa séria”. Foi com essa colocação que a educadora, pedagoga e especialista em Educação Infantil, Regina Shudo, iniciou sua apresentação na tarde desta quinta-feira (9), em evento promovido pela Fundação Municipal de Educação, para capacitar as educadoras do Ensino Infantil.


A partir do tema: “A importância do Brincar na Educação Infantil e Planejamento das Ações Educativas”, a consultora e assessora pedagógica Regina Shudo, que há mais de 35 anos atua na área educacional, falou da importância do ato de brincar para a formação do indivíduo. “Brincar faz parte da essência da criança, mas não pode ocorrer de qualquer maneira. É preciso planejar, para que se torne eficaz ao processo de aprendizagem”, alerta.

 


Segundo Regina, as brincadeiras promovem diversos benefícios à saúde das crianças. “Combate à obesidade, desenvolve a motricidade, estimula competências socioemocionais, gera resiliência, respeito ao outro, estimula o raciocínio, promove a criatividade e a imaginação, estabelece regras e limites, incentiva o trabalho em grupo, entre outros ganhos”, ressalta.

 


A educadora trouxe ainda vários exemplos de atividades lúdicas que podem ser desenvolvidas com as crianças para tornar maior o aprendizado. “Um elástico, uma bola, garrafas plásticas, tampinhas, tudo pode virar importante instrumento de ensino, desde que o educador acompanhe, estimule, se envolva com o processo e para isso é preciso planejamento”, frisa.

 


O aperfeiçoamento dos profissionais da Educação Infantil é um dos grandes desafios do setor educacional, uma vez que o ensino nos primeiros anos de vida ganhou novo contexto. “Durante muito tempo, a necessidade dos pais era ter um lugar para deixar seus filhos enquanto trabalhavam. Dessa forma, a educação infantil tinha apenas a função de cuidar das crianças, contudo, a ciência pedagógica descobriu que o momento mais fértil da aprendizagem ocorre justamente neste período”, explica o diretor-presidente da Fundação Municipal de Educação, Maurício da Silva.

 


Maurício salienta ainda que nesta fase da vida a criança aprende muito rápido e de forma definitiva e por isso precisa ser motivada e preparada para os demais aprendizados. “Estudos demonstram que os indivíduos que são estimulados nos primeiros anos têm menor possibilidade de se envolver com drogas ou com a criminalidade, de ter gravidez precoce e maior possibilidade de emprego, pois é o momento onde se criam as bases para o aprendizado e para as atitudes futuras.”