Tubarão recebe a exposição de fotografias ‘Onça: Mito, Simbologia e Sentido’
A programação cultural de agosto do Centro Municipal de Cultura (CMC) – Willy Zumblick, em Tubarão, inicia com a exposição ‘Onça: Mito, Simbologia e Sentido’, organizada pela professora da Unisul Deisi Scunderlick Eloy de Farias, do Grupep Arqueologia, com fotos produzidas pelo professor de Medicina Veterinária da Unisul Joares May. A exposição é gratuita e fica aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 13 às 22 horas, até o dia 11 de agosto.
A mostra retrata a visão sobre as onças dos diversos povos que ocuparam o Brasil, desde os tempos pré-históricos e traz fotos de onças e de sítios arqueológicos, com pinturas rupestres, indicando que as onças eram reverenciadas em diversas culturas indígenas. Os textos que acompanham a exposição, apresentam ainda os mitos, significados e sentidos dos Guarani, Kaingang e Xokleng, os colonizadores e os mateiros.
“As imagens retratam o animal, permeadas pelo texto que discorre sobre os vários sentidos da onça para as diferentes sociedades, principalmente as indígenas, que viam na onça uma forte ligação com os espíritos. O mito percorre as gerações, seja por meio da cultura material impressa nos desenhos nos grandes paredões de pedra (sítios arqueológicos de arte rupestre), nos adornos e nas vestimentas cerimoniais; seja pela história passada de geração a geração pela oralidade. O texto apresenta como cada grupo traça suas idiossincrasias em relação ao animal”, destaca a professora Deisi.
Joares May é professor na Unisul, atua como médico veterinário e coordena o projeto de conservação de espécies de carnívoros como onças, pumas, lobos no Brasil e em Belize. May é mestre em epidemiologia experimental aplicada às zoonoses, presidente da Panthera Brasil, membro da Global Insular Conservation Society, Projeto Onçafari, IUCN/VSG – Veterinary Specialist Group e pesquisador associado do Instituto Pró Carnívoros.
Deisi Scunderlick Eloy de Farias é pós-doutora em arqueologia e doutora em história. É pesquisadora e professora titular da Unisul, onde desenvolve pesquisas no GRUPEP-Arqueologia. Desenvolve pesquisa sobre patrimônio cultural, discutindo os territórios e as fronteiras culturais das populações pretéritas, discutindo como esses conceitos se estenderam para os tempos atuais, nas sociedades pós-modernas.
A exposição é uma parceria entre o Centro Municipal de Cultura (CMC) – Willy Zumblick e o Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia da Unisul – Grupep Arqueologia.
Fonte: UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina