Amamentação pode melhorar a qualidade de vida

aUma pesquisa realizada pela publicação científica The Lancet revelou que a amamentação pode aumentar a inteligência. A Fundação Municipal de Saúde de Tubarão, assim como o Ministério da Saúde, incentiva o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida do bebê. Segundo a pesquisa, a amamentação oferece ainda uma proteção a doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de reduzir o risco de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

O que é oferecido no município:

Em Tubarão, as mulheres grávidas são acompanhadas através da Rede Cegonha. Durante todo o período de gestação elas participam de atividades com orientações tanto para a gestação, como para o puerpério (45 dias depois do parto) e aos cuidados para o melhor desenvolvimento do bebê.

Como mãe, coordenadora do Programa Saúde da Mulher e membro da Rede Cegonha, Maria Silézia de Aguiar destaca que amamentar um filho é fundamental a ele. “Todas as gestantes que participam dos encontros são incentivadas a amamentação, pois a criança precisa disso”, afirmou.

Essa rede é dividida em três complexidades: baixa, média e alta. A baixa complexidade é atendida na unidade básica de saúde, de acordo com a programação de cada uma. A média complexidade é acolhida na UBS também e conforme a avaliação é encaminhada à Policlínica Central, onde é oferecido atendimento seguindo o protocolo de média complexidade. Já a alta vem da UBS, é avaliado pela Policlínica e encaminhado ao hospital de referência.

Sobre a pesquisa:

O estudo comprova que, quanto mais duradouro o período de amamentação na infância, maiores os níveis de inteligência e renda média na vida adulta até os 30 anos. É o primeiro estudo no Brasil a mostrar o impacto no QI e o primeiro internacionalmente a verificar a influência na renda. O estudo foi publicado na última quarta-feira (18) pela The Lancet, que é uma das publicações científicas mais importantes do mundo.

Outra questão inédita do estudo é mostrar que, no Brasil, os níveis de amamentação estão distribuídos de forma homogênea entre diferentes classes sociais, não sendo mais frequente entre mulheres com maior renda e escolaridade. Para a realização da pesquisa, os responsáveis pelo estudo, Cesar Victora e Bernardo Horta, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), contaram com financiamento do Ministério da Saúde e de entidades como o CNPQ, a FAPERGS, a Wellcome Trust e o International Development Research Center, do Canadá.

 

Fonte: Daniela Goulart/Decom/PMT