Novos recursos pedagógicos vão aprimorar atendimento educacional especializado

Em 2007, as Nações Unidas definiram 2 de abril como o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo. A data foi estipulada para sensibilizar a todos sobre os aspectos do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA).

Em Tubarão, 164 alunos, somando os da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, têm laudo que confirma algum tipo de deficiência e, entre estes, 110 frequentam atendimento educacional especializado prestado nas salas multifuncionais instaladas em três Centros de Educação Infantil (CEI) e em 13 unidades escolares do Ensino Fundamental. Nove profissionais se revesam no atendimento nas 16 salas.

A escola Faustina da Luz Patrício é uma das unidades de anos iniciais que conta com sala Multifuncional do Atendimento Educacional Especializado (AEE). Nesta terça-feira (2), para marcar o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, a sala ganhou novos recursos pedagógicos e tecnológicos adquiridos com recursos do governo federal. E, além da revitalização da sala, foi inaugurado o novo sistema de alerta sonoro.

A diretora da unidade escolar, pioneira no município no atendimento em tempo integral, Christiane Martins Matias, cita que cerca de 15% dos estudantes de sua escola têm algum tipo de deficiência, inclusive auditiva. “Por isso, as aulas contam com intérprete de Libras. Trocar a tradicional sirene por um sinal menos agressivo, vai favorecer as crianças que apresentam sensibilidade sensorial auditiva, mas também será um atrativo inclusivo às crianças sem deficiência”, ressalta.

A cerimônia de inauguração contou com a presença de diversas autoridades, entre elas, a diretora-presidente da Fundação Municipal de Educação, Anete Dacorégio Volpato Wilbert e vereadores. As apresentações foram interpretadas por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Na escola João Paulo I, a data foi lembrada com a entrega de panfletos informativos aos seus profissionais, com divulgação da temática desse ano “Valorize as capacidades e respeite os limites”. “Pensamos em uma escola onde todos possam ser incluídos, independentemente da fragilidade que apresentem”, reforça o gestor da unidade, Marivaldo de Souza.

“Sabe-se que muito ainda temos que estudar e aprender a desvendar esse universo diferenciado dos sujeitos com TEA, mas a cada momento avançamos na qualidade da oferta educativa oferecida a eles. Muitos professores voltaram a estudar para melhorar sua pratica pedagógica, fazendo uso de metodologias diferenciadas para inserir o estudante com autismo em todo processo, afirma a professora Silvana A. Nogueira, professora do Atendimento Educacional Especializado. ”