Primeiro biodigestor da rede municipal de Ensino de Tubarão começa a ser instalado

Em breve, os dejetos orgânicos produzidos na escola Professor Cleto da Silva vão ter um destino ecologicamente correto. Começa nesta quinta-feira (14), a instalação na unidade escolar da rede municipal do HomeBiogas, um sistema doméstico de biodigestão avançado, que transforma restos de comida domésticos e esterco animal em gás de cozinha limpa e fertilizante líquido.

 

A implantação do equipamento na escola é um dos primeiros resultados diretos do intercâmbio entre o município de Tubarão e Israel. O biodigestor foi doado pelo cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, que anunciou a doação em sua passagem por Tubarão, no início de junho. “O aproveitamento de resíduos é uma iniciativa comum em Israel e que pudemos conhecer de perto por ocasião da missão tubaronense no país em março. A utilização desse equipamento é um dos resultados que surgem da relação de cidades-irmãs entre Tubarão e Haffer Valley e que irá gerar situações promissoras nas áreas da Saúde, Tecnologia e Inovação e Agricultura”, destaca o prefeito Joares Ponticelli.

 

Na tarde desta quarta-feira (13), o diretor-presidente da Fundação Municipal de Educação (FME), Maurício da Silva e os gerentes Adriana Mariano Rosa e Antônio Simões visitaram a unidade escolar e conheceram mais detalhes do projeto. Uma conjunção de esforços da equipe da FME e da escola permitiu que fossem adquiridos equipamentos e mão de obra para preparar o terreno e os produtos necessários, entre eles o esterco, que será utilizado uma única vez, somente no início da produção.

 

A instalação do equipamento será concluída ao longo desta quinta-feira (14) e dentro de 15 dias já estará produzindo gás. O evento de inauguração do biodigestor está marcado para o dia 5 de agosto e deve contar com a presença do cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich.

 

Economia e sustentabilidade

 

A instalação do equipamento atende a um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e permitirá ainda que os alunos acompanhem todo o ciclo de evolução da natureza. “Nossa intenção é também retomar o projeto de hortas nas escolas, para que as crianças possam acompanhar desde o plantio da semente até a colheita das hortaliças que serão utilizadas no preparo da alimentação escolar. Os restos serão depositados no biodigestor, que os transformará em gás ou em fertilizantes, que também poderão ser usados na horta. Então, será uma oportunidade muito interessante para os alunos de verem o processo na prática e uma grande chance de formarmos cidadãos mais conscientes de seus papéis na natureza”, afirma o diretor-presidente da Fundação Municipal de Educação (FME), Maurício da Silva.

 

A economia é outro aspecto interessante, já que o biodigestor pode gerar até 2,5 botijões de gás de 13 quilos por mês, o que atenderá praticamente à demanda mensal da unidade escolar, onde são usados de 3 a 4 botijões de 13 quilos mensalmente.