Semana será dedicada ao combate do trabalho infantil

O combate ao trabalho infantil é uma das grandes lutas sociais. O desafio é diário, contudo, 12 de junho é o dia nacional dedicado à reflexão dos problemas causados a crianças e jovens.

 

Em Tubarão, durante a semana, serão promovidos eventos de sensibilização para crianças, adolescentes, pais, professores e sociedade em geral. Os detalhes das ações foram discutidos na tarde desta terça-feira (08), na sede da Fundação Municipal de Desenvolvimento Social, durante reunião da Comissão responsável pelas Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (AEPETI) e membros do Conselho Municipal dos Direitos da Crianças e dos Adolescentes (CMDCA).

 

A data é uma oportunidade para sensibilizar, informar, debater e dar destaque ao combate a essa violação de direitos de crianças e adolescentes. A sociedade precisa reconhecer os prejuízos causados a curto e longo prazo na formação daqueles cuja única obrigação é ser livre, brincar e se divertir sem as pressões inerentes ao mundo do trabalho.

 

O contexto brasileiro já tinha desafios consideráveis para a proteção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes, entretanto, os impactos socioeconômicos da pandemia, como o desemprego da população economicamente ativa, o aumento da pobreza e da extrema pobreza, revelam e aprofundam as desigualdades sociais existentes e potencializam as vulnerabilidades de milhões famílias brasileiras.

 

No Brasil, o trabalho infantil é uma realidade perversa para meninos e meninas em situação de pobreza. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADC) em 2019 havia 1,8 milhão de crianças e adolescentes nesta situação. “ Existem muitos mitos em relação ao trabalho infantil em nossa sociedade. Um deles é que o envolvimento de crianças e adolescentes com a criminalidade estaria relacionado à proibição ao trabalho, o que não é verdadeiro, uma vez que a lei brasileira Lei nº 10.090/2000 autoriza o trabalho a partir de 14 anos na condição de aprendiz. O que se busca é garantir, principalmente às crianças e adolescentes mais pobres o direito à educação, lazer e profissionalização adequada.”, destaca o diretor-presidente da FMDS, André Fretta May.