História do Aeroporto Anita Garibaldi de Tubarão vai virar livro

Nesta quinta-feira (21), celebra-se 70 anos da inauguração do Aeroporto Municipal Anita Garibaldi, empreendimento de grande importância no desenvolvimento da cidade de Tubarão, nas décadas de 1950 a 1970.

 

Num domingo, 21 de janeiro de 1951, a cidade teve um dia inteiro de festa, com a presença de inúmeras autoridades e convidados vindos de diversas partes do estado e do país, para a inauguração da esperada obra, que durante muitos anos serviu para aproximar Tubarão de grandes centros urbanos do Brasil, por via aérea: o aeroporto municipal Anita Garibaldi.

 

Os registros das atividades aéreas em Tubarão dessa época são escassos, mas estão sendo objeto de apurada pesquisa e vão virar um livro, escrito a quatro mãos, por Joares Ponticelli, prefeito de Tubarão, e pelo relações públicas Ramires Linhares. Amigos de longa data, que em comum têm o gosto pela história da cidade e região, tanto Joares, quanto Ramires, já trilham o caminho das letras, sendo autores de algumas obras. O livro que vai contar a história do aeroporto municipal que recebia voos de empresas aéreas nacionais como Varig, Cruzeiro do Sul, TAC e Real, já tem boa parte escrita, fruto de pesquisa e depoimentos que os autores colecionam há alguns meses.

 

A ideia do livro surgiu quando a FAB, após intervenção do deputado federal Coronel Armando, solicitou um histórico do aeroporto Anita Garibaldi, para viabilizar a doação de uma aeronave para a “Praça do Avião”, que está sendo construída no local onde funcionou o aeroporto, próximo da Arena Multiuso. Com pouco material escrito sobre aquele empreendimento, a alternativa foi pesquisar e aí muita coisa interessante começou a ser descoberta, inclusive personagens importantes desses momentos históricos, verdadeiros apaixonados pela aviação, alguns ainda vivos para contar tais histórias.

 

“O livro será um resgate histórico, não só da construção do aeroporto municipal, mas de tudo o que aconteceu nos céus da Cidade Azul, em termos de aviação, como as primeiras aeronaves que por aqui passaram, os primeiros campos de aviação, os pilotos, o aeroclube e até o Zeppelin”, destaca Ponticelli, que não perde a chance de buscar mais histórias e dados sobre o assunto.

 

“A parte final do livro, na qual estamos trabalhando agora, é montada com depoimentos de personagens que viveram alguma história relacionada com o aeroporto, ou mesmo, com a aviação em Tubarão. Quem tiver algo para contar é só nos procurar que teremos o maior prazer em ouvir e registrar em nossos escritos”, salienta Ramires Linhares.

 

O livro sobre o aeroporto municipal, que também trará algumas imagens antigas sobre o tema, será lançado ainda no primeiro semestre de 2021, ano importante para essa história, já que se celebra, além dos 70 anos da inauguração do aeroporto, os 200 anos do nascimento da heroína Anita Garibaldi.

 

 

OS AUTORES

 

Sobre a trajetória literária dos autores:

 

Ramires Linhares milita na imprensa tubaronense há mais de 30 anos, como radialista, colunista, redator, assessor de imprensa e apresentador. Em 2018 lançou seu primeiro livro, “A égua do Alonso e outros termos e expressões de Tubarão e região”, obra que retrata as nuances e jeitos do falar regional e que teve apresentação de Joares Ponticelli. A edição está esgotada, mas uma nova é prometida pelo autor para breve.

 

Já o prefeito Joares Ponticelli parte para sua quarta obra. Em parceria com o jornalista Jandyr Côrte Real, escreveu uma trilogia sobre a política na Ilha dos Açores e Ilha da Madeira e seus reflexos na sociedade e na política catarinense, com as obras: “Era uma vez, nos Açores” (2007), “A única saída: o Paraíso” (2008) e “Rumo: a Esperança” (2010). Quando encerrou seu mandato na presidência da Federação dos Municípios de Santa Catarina – FECAM, no início de 2020, Joares também lançou a obra “Santa Catarina – Estado Feminino”, onde traça o perfil de 7 importantes mulheres para Santa Catarina: Santa Catarina de Alexandria, Anita Garibaldi, Antonieta de Barros, Thereza Grisólia, Vera Fisher, Zilda Arns e Maura de Senna Pereira. Esta obra teve colaboração de Ramires Linhares na pesquisa.