Solidariedade que aquece: moradores de rua recebem auxílio completo através da assistência social

Eles se recolhem nos cantos para fugir da rota do vento. O papelão, debaixo de cobertas esfarrapadas, tenta impedir o frio do chão chegar ao corpo. Para o morador em situação de rua, os dias parecem ser iguais. Exceto pelo tempo, que muda no entra e sai de cada estação do ano. É aí que a solidariedade aquece. A Fundação Municipal de Desenvolvimento Social (FMDS) se mobilizada para atender a população carente com roupas e/ou cobertas, entre outras necessidades, durante o verão, primavera, outono e, principalmente, no inverno, período de temperaturas mais baixas.

 

São duas equipes exclusivas que atendem a população de rua, procuram conhecê-la, entender os problemas e desafios enfrentados. A abordagem é acompanhada de um convite, para passar a noite no albergue, localizado no bairro São João Margem Esquerda. O acolhimento no local sempre é sugerido pelas assistentes sociais – mas só pode ser feito por vontade própria. Mesmo com o acesso à moradia provisória, muitos preferem continuar onde estão. “A maioria, infelizmente, se nega”, revela a gerente da FMDS, Kelly Botega Fortunato.

 

Para esses que não aceitam, através de uma parceria com a Casa de Apoio João 3:16, é oferecido banheiros para fazer a higiene pessoal e banho, local para lavar as roupas e almoço. “Nós ofertamos marmitas todos os dias, que são feitas por meio de recursos públicos”, completa Kelly. E, quando precisam de cobertas, agasalhos para se proteger melhor dos dias frios, também é disponibilizado para os moradores de rua. “É o nosso trabalho diante de uma situação em que não se obriga ninguém há ir onde não quiser”, explica.

 

Mas do que ajudar, é importante destacar que isso tudo não é somente um paliativo, o lugar para dormir ou a refeição. Kelly esclarece que o serviço social ainda vai além. Se o morador de rua decidir que quer sair da situação em que vive, não falta caminhos para ele resgatar e retornar o convívio com a sociedade, de forma igualitária e digna. “A pessoa passará por atendimento médico, internações para tratamento de dependências químicas, avaliação e acompanhamento psiquiátrico, nós buscamos ainda o contato com a família de origem, para tentar resgatar o vínculo”, finaliza.