#AtivoEmCasa: karatê e judô mantêm treinamento durante quarentena

Qual a semelhança entre o atletismo, a natação, o ciclismo ,o judô e o karatê? Todos são esportes que dependem do esforço e talento de um só atleta. É ele sozinho na pista, na piscina ou tatame que precisa colocar o treino em prática para atingir o objetivo. Contudo, mesmo que as modalidades sejam parecidas em diversos aspectos, existem divergências que, em tempos da pandemia do Covid-19, dificultam o desenvolvimento de algumas capacidades.

 

Nas modalidades de luta, por exemplo, sem um adversário não há combate. Com a sorte de poucos neste isolamento social, a atleta da Associação Tubaronense de Judô (ATJ), Bruna de Freitas, tem dentro de casa uma companheira de treino. “Moro com mais uma judoca que vem me ajudando a não ficar enferrujada”, relata a jovem de 23 anos. Contudo, não são todos que tem essa vantagem familiar – e isso não é motivo para desculpas.

 

Lucas Firmino também é judoca da ATJ e consegue manter dentro de casa até dois turnos de atividade física. “Treino pela manhã e à noite”, conta. Todos os exercícios são repassados pelos senseis Jaison Tavares e Thiago Flores. Eles orientam através de vídeos explicativos cada atividade que precisa ser feita. “O importante é sempre higienizar o local onde será feito o treinamento. E, claro, não esquecer do principal: ficar em casa”, concluem.

 

Pais e karatecas unidos por objetivos futuros

O sorriso no rosto de Murilo Ricken na fotografia não nega a paixão pelo karatê. Com 11 anos, ele é um entre vários karatecas da Associação Impacto que adaptaram o esporte para continuar com as atividades. Para o pequeno, o desafio maior é não estar no mesmo ambiente, sem os colegas de treinos e equipamentos. “Contudo, com o auxílio dos meus pais e uma certa dose em improviso estou conseguindo manter técnicas e condicionamento físico. Está sendo proveitoso”, afirma.

 

Com uma realidade diferente de Murilo, Anabel da Silva tem à disposição blocos de borracha e até saco de pancadas. Por isso, o maior entrave é, de fato, o isolamento. “Nunca fiquei tanto tempo em casa”, alega. Quem a auxilia para não deixar o desânimo ofuscar o foco são os pais da menina Valberto e Silvana. Dos horários ao controle da ansiedade, estão ali atentos para ajudar a filha. “Está sendo uma experiência nova. Nós ajudamos ela nos treinos e nos estudos. Juntos precisamos nos ajudar para não deixar o estresse ser maior do que os objetivos futuros”, finalizam.

 

Tanto o judô, quanto o karatê recebem o apoio da Prefeitura de Tubarão, através da Fundação Municipal de Esporte, com o auxílio do Bolsa Técnico e Bolsa Atleta.