Tubarão cria Coordenadoria de Promoção à Igualdade Racial

Implantar, consolidar, capacitar e incluir socialmente são alguns dos objetivos da Coordenadoria de Políticas Públicas e Promoção à Igualdade Racial. O órgão será criado nesta terça-feira (6), em Tubarão. A solenidade de posse da coordenadora ocorre às 15h, na Sala de Atos, da prefeitura.

A coordenadoria será vinculada à Fundação Municipal de Desenvolvimento Social e terá a frente Alaída Cardoso Corrêa. A criação da coordenadoria segue a política nacional de promoção à igualdade, definida pela Secretaria Nacional de Políticas Públicas e Promoção à Igualdade Racial (Senapir) e organizada a partir do Sistema Nacional de Políticas Públicas e Promoção à Iguadade Racial (Sepir).

A primeira ação da coordenadoria será a realização na próxima semana, no dia 12, na Fundação Municipal de Educação, o 1º Simpósio Municipal de Igualdade Racial. O foco será a educação e a capacitação de gestores das escolas municipais, já que em seguida devem ser realizados cursos com os professores. O objetivo deste seminário é oferecer os subsídios necessários para a implantação definitiva da Lei 10.639/2003. Esta lei torna obrigatório o ensino da História da África e da História dos Afrobrasileiros nas escolas de ensino básico em todo o país.

Para a presidente do Movimento Cultural de Conscientização Negra Tubaronense (Mocnetu), Alaíde Corrêa a criação da coordenadoria em Tubarão vem em um momento importante em que o debate sobre o racismo está aflorado em todo o país em decorrência do caso envolvendo o jogador de futebol Daniel Alves. Há alguns dias, o jogador recebeu uma banana de um torcedor. “Este episódio envolvendo o Daniel Alves e a resposta dele, de comer a banana, teve um lado positivo de levantar a discussão. Porém, as atitudes de alguns famosos com a campanha Somos Todos Macacos banaliza o racismo que é crime e é uma discussão muito séria. Tubarão dá um grande passo, pois a coordenadoria vem para consolidar as políticas públicas que buscam a igualdade racial, fomentando discussões e promovendo a educação e a inclusão social”, avalia Alaíde.

 

 

Amanda Menger/PMT