Conferência discute ações da Defesa Civil em Santa Catarina
Com o tema “Proteção e Defesa Civil: novos paradigmas para o Sistema Nacional” a 2ª Conferência de Proteção e Defesa Civil reuniu em Lages, representantes dos municípios para debater os avanços e desafios do setor. O secretário de Proteção e Defesa Civil Rafael Marques e a coordenadora do órgão Elna Fátima Pires representaram o município no evento, realizados nesta quarta e quinta, dias 26 e 27.
O evento teve como objetivo escolher os representantes de Santa Catarina na conferência estadual. Os representantes municipais foram escolhidos em 22 conferências intermunicipais que mobilizaram mais de 3 mil pessoas. Cinquenta delegados indicados para o encontro nacional que ocorre entre 27 e 30 de maio em Brasília. Os indicatos são integrantes da Defesa civil, poder público, sociedade civil, conselhos, entidades profissionais, de políticas públicas e comunidade científica.
Durante a conferência froam debatidos os quatro eixos definidos pelo Ministério da Integração Nacional: gestão integrada de riscos e resposta a desastres; integração de políticas públicas relacionadas à proteção e Defesa Civil; gestão do conhecimento; e mobilização e promoção de uma cultura de proteção e Defesa Civil na busca de cidades resilientes.
“Um dos pontos marcantes do encontro foi a palestra do professor doutor Daniel Silva, da UFSC. Ele destacou que as ações de Proteção e Defesa Civil devem ter a contribuição preponderante da comunidade, pois as ações para minimizar os adventos extremos necessitam das experiências vividas dos populares”, relata Rafael.
As vivências dos moradores agregam muitas informações sobre os eventos extremos, principalmente porque contém observações sobre as peculiaridades locais. “A receita de que as instituições de pesquisa e ensino podem dar as respostas para resolver os problemas é uma visão restrita, pois quem conhece o local da ocorrência de um desastre são os moradores, e eles são quem têm propriedade para passar informações cruciais para resolver as questões locais. Isto se chama Economia de Experiência, quem já vivenciou uma situação, têm conhecimento/informação que serão indispensáveis para a solução de problemas das comunidades”, avalia o secretário.
Na conferência também foram apresentadas as obras e projetos que estão sendo desenvolvidas pelo governo do estado e secretaria estadual de Defesa Civil para minimizar os efeitos de enchentes, como é o caso das intervenções no Vale do Itajaí e do projeto de manutenção da calha do Rio Tubarão (redragagem) que está na fase final do projeto executivo e ainda inicial do estudo de impacto ambiental.