Prefeitura mantém contrato e estudo para criação do plano de macrodrenagem prossegue
O prefeito Joares Ponticelli decidiu manter o contrato com Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Fundação Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que, desde março do ano passado, realiza estudos na cidade, que culminarão com a criação do Plano Municipal de Macrodrenagem (PMM).
A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (2), em reunião realizada no Paço Municipal, na qual os técnicos do instituto apresentaram aos novos gestores a atual situação dos estudos. “A contratação foi feita pela gestão anterior. Precisávamos entender a proposta e saber o que já foi realizado. Conhecemos as etapas executadas e as que virão. Gostamos do que eles apresentaram, conseguimos tirar todas as dúvidas e, por isso, decidimos manter o contrato”, salienta o prefeito.
Os técnicos do IPH já concluíram cerca de 50% do estudo. “Nós realizamos a etapa do diagnóstico, a proposta de política do plano, que define critérios e tempo de revisão, entre outros aspectos e agora estamos desenvolvendo as propostas de gestão e legislação e desenvolvimento de zoneamento. Os levantamentos físicos já foram efetuados e agora o trabalho está focado em análises, simulações, montagem de cenários e avaliação de impacto”, explica o coordenador geral dos estudos, Joel Avruch Goldenfum.
Com a manutenção do contrato, os técnicos do instituto pretendem manter o cronograma inicial, que prevê que os estudos sejam concluídos até fevereiro de 2018. “Temos uma grande necessidade de ter um plano de macrodrenagem que contemple toda a cidade. Essa é uma área prioritária, porque hoje com pouca chuva a cidade fica toda alegada. Isso ocorre pela própria condição geográfica da cidade, pela dificuldade de escoamento da água, pelo crescimento da cidade e pela tubulação antiga, pois em uma cidade com 147 anos, naturalmente, existem muitas áreas em que o sistema tem que ser substituído. O plano municipal vai apontar os pontos mais críticos e indicar onde devem ser realizados os investimentos de macrodrenagem daqui para frente”, adianta Ponticelli.
O prefeito ressalta que vai aguardar a conclusão dos estudos, para conhecer os caminhos apontados e, a partir dele, buscar recursos para realização dos investimentos. “O próprio estudo aponta fontes de financiamento, mas como a maioria é órgão federal, que nesse momento vive uma profunda crise, eu não vislumbro muitas possibilidades, por isso penso que seja necessário buscar financiamento internacional, porque os investimentos são volumosos e é necessário que sejam feitos no menor espaço de tempo possível”, frisa Joares.
Planejamento – Quando estiver pronto, o estudo vai propor diversas medidas. São sugestões imediatas, de curto, médio e longo prazo. As medidas terão uma quantificação, inclusive com valores, dimensões, e fontes de recurso. Com o estudo em mãos, a prefeitura vai poder definir quais obras vão ser efetuadas, onde buscar os recursos e quando fazê-las. “É um trabalho conjunto que envolve prevenção, proteção e planejamento. Muitas fontes de recurso só são disponibilizadas se a prefeitura tiver o plano, por isso, ele é um elemento essencial. Ao final, os gestores terão em mãos um documento que vai ter validade de 20 anos, com revisões a cada quatro. É um legado para cidade”, avalia Goldenfum.