“A vontade vem, mas eu não quero”, conta ex-tabagista
A fumaça do cigarro é uma mistura de mais de 4 mil substâncias tóxicas diferentes. Essas substâncias tóxicas atuam sobre os mais diversos sistemas e órgãos e contém mais de 60 cancerígenos. Neste domingo é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Fumo e o município está promovendo ações para aumentar o time de ex-fumantes.
Os grupos de Combate ao Tabagismo oferecidos pelo município conseguiram ajudar muitos cidadãos a alcançar o objetivo. Mirian Rebello, servidora pública, participou de todas as etapas do programa e afirma, “o programa é 50% do caminho”.
De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, o tabagismo pode causar cerca de 50 doenças diferentes, principalmente as doenças cardiovasculares: hipertensão, infarto, angina e derrame. É responsável por muitas mortes por câncer de pulmão, de boca, laringe, esôfago, estômago, pâncreas, rim e bexiga e pelas doenças respiratórias obstrutivas como a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. O tabaco diminui as defesas do organismo e com isso, o fumante tende a aumentar a incidência de adquirir doenças como a gripe e a tuberculose. Além de tudo isso tabaco também pode causar impotência sexual.
O auxiliar de enfermagem Mario Antônio Passarela parou de fumar há cinco anos e observa muita evolução em relação à saúde. “Hoje me sinto muito melhor: voltei a ter apetite, resistência e muitos outros benefícios”, conta.
Oscar Fernandes é aposentado e não conseguia parar com o cigarro. “Eu tinha muita vontade de parar, embora não conseguisse. Fui motivado principalmente pelos meus netos”, disse.
Depois de passar uma vida fumando, Vera Regina Rodrigues, assistente social conseguiu vencer o cigarro. “Eu fumava desde os meus 14 anos, há poucos meses consegui deixar do cigarro, hoje tenho 59 anos e digo que parar com o uso do cigarro me trouxe muitos benefícios”, declarou.
Para incentivar aqueles que querem de alguma forma parar de fumar, o município oferece atendimento através do Grupo de Tabagismo, no CAPS AD. Nessa sexta-feira (29), enfermeiros foram capacitados para oferecer os grupos de Combate a Tabagismo nas UBSs, para facilitar o acesso dos cidadãos aos serviços.
E para aqueles fumantes que tem medo de não conseguir parar de fumar, a costureira Claudia Modolon conta o que acontece: “A vontade até vem, mas eu não quero”, afirma.
Fonte: Daniela Goulart/Decom/PMT
