Memórias de Tubarão: A reconstrução após a tragédia

Como noticiado ao longo do mês de março, a série de reportagens “Memórias de Tubarão” é destinada à enchente de 1974, que completou 49 anos do ocorrido na última sexta-feira (24). Nesta última edição sobre a enchente, o Arquivo Histórico Municipal Amadio Vettoretti relembra sobre o período após a maior tragédia que já atingiu a região, destacando a missão do povo tubaronense de reerguer a chamada “Cidade Azul”.

O povo de Tubarão, dentre esses, principalmente os acima de 60 anos, carregam a dolorosa lembrança do dia 24 de março de 1974, pois o fato histórico jamais foi esquecido pelos jovens daquela época. Entretanto, engana-se quem pensa que a tragédia afeta somente a este público.

A tragédia ocorrida no município ascendeu na população um lado solidário e gentil, passado de geração após geração, e que toca até mesmo as pessoas de fora que acolhem Tubarão como seu lar. A dor de perder tudo, de ver a casa levada junto da correnteza do rio, de perder entes queridos e reconstruir tudo no dia seguinte, com os pés fincados em camadas de lama que chegaram a um metro de espessura, faz com que a cidade de Tubarão seja conhecida por ser hospitaleira e receptiva com todos aqueles que reconhecem sua riqueza histórica e cultura abrangente.

As servidoras do Arquivo Histórico Municipal, resgataram outras reportagens e fotografias da época, que retratam os dias após a enchente. Na galeria abaixo, é possível conferir algumas manchetes da época como: “Três milhões para começar a reconstruir Tubarão”, “A reconstrução” e “Cálculo dos prejuízos já alcança 430 milhões”. Estes são pequenos exemplos do que a mídia repercutiu na época sobre a realidade vivida pela cidade no período pós-enchente. O jornal Notisul, de 24 de março de 2018 traz a seguinte declaração: “dos relatos publicados nos jornais e livros escritos sobre a tragédia, é possível perceber o tamanho do estrago e a força da população em reerguer a Cidade Azul”.

Entre as informações oficiais obtidas, foram registrados 199 mortes, das quais 58 certidões de óbitos estão depositadas no arquivo. Vale destacar que não houve uma lista oficial com a identificação de todos os mortos da tragédia, o que aumentam as suspeitas de que este número seja maior.

Todas as informações e documentos apresentados ao longo do “Memórias de Tubarão”, estão disponíveis no Arquivo Histórico Municipal Amadio Vettoretti, localizado na Avenida Marcolino Martins Cabral, antiga estação rodoviária; 2º andar, Centro. O conteúdo depositado no local é constantemente utilizado em trabalhos de pesquisadores, jornalistas e historiadores. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 13 às 19 horas. Outras informações podem ser obtidas através do número (48) 3626-7803 ou no e-mail: arquivopublico@tubarao.sc.gov.br.