Memórias de Tubarão: 68 anos de história de Diocese de Tubarão

A Diocese de Tubarão foi criada em 28 de dezembro de 1954 pelo Papa Pio XII e oficialmente instalada no dia 15 de agosto de 1955, com a posse do bispo Dom Anselmo Pietrulla da Ordem dos Frades Menores (OFM), primeiro bispo.


Com o Lema: “Servir à Graça e à Verdade”, Dom Anselmo Pietrulla tomou posse na recém-criada Diocese, no dia 15 de agosto de 1955, quando foi recebido pelo povo da região sul catarinense em uma missa campal solene celebrada no pátio interno da então antiga Catedral e que contou com a presença de vários bispos, muitos padres e incontável público.


Por ser o primeiro bispo, cabia a Dom Anselmo toda a organização humana e física da estrutura da Diocese, e assim ela foi responsável por inúmeras obras importantes no círculo católico de Tubarão e região, sempre atento à voz dos novos tempos. Assim, procurou fazer sua Igreja Local andar nos caminhos do Concílio Vaticano II, e assim trilhou uma caminhada iluminada no comando de um dos alicerces católico da região por 25 anos, até deixar a Diocese em abril de 1980, quando Dom Osório Bebber tomou posse como Bispo Titular, no dia 04 de agosto de 1981, dando continuidade na obra da evangelização.


Atualmente, com quase 70 anos de criação, a diocese chega no seu 7° bispado, com Dom Adilson Busin, natural de Sarandi (RS) e que com 57 anos, estudou Filosofia na Universidade de Caxias do Sul e Teologia no Instituto Teológico São Paulo (Itesp), além de já ter sido enviado para ao Paraguai como animador vocacional e orientador espiritual. O sacerdote também possui mestrado em Ciências da Educação na Universidade Pontifícia Salesian, de Roma, na Itália.
Dom Adilson concedeu uma entrevista para as servidoras do Arquivo Histórico de Tubarão onde contou seus anseios para essa nova missão e suas impressões sobre a região.


Questionado sobre seus projetos para a região, Dom Adilson frisou sua vontade de conhecer cada um dos participantes da igreja e a realidade da região: “Uma das coisas mais importantes para mim, é acompanhar a caminhada da igreja, conhecer as paróquias e comunidades locais, conhecer além de Tubarão, os outros municípios e conhecer quem trabalha comigo, como os padres, os religiosos, mas também os leigos…Conhecer a realidade, e a partir daí, sim, levar adiante este projeto e o plano pastoral, conforme as diretrizes da CNBB.”, explica o novo bispo.

Segundo ele, os projetos que já estão em andamento são os pilares da palavra e devem ser continuados com amor e devoção, levando sempre os ensinamentos sobre o pão da caridade, a missão missionária e a missão evangelizadora: “A minha função é seguir as diretrizes, com os padres, diáconos e lideranças das comunidades, para seguirmos com os trabalhos que já estão sendo realizados. Mais do que isso, eu gosto de ter a visão como do Papa Francisco, que é também a visão de Jesus Cristo, que é aproximação das pessoas, ser um homem de Deus, da reconciliação, de paz, e olhando mais para os necessitados, este é meu projeto”, concluiu.


Outro projeto que o Bispo Adilson dará continuidade são as visitas pastorais “Essas visitas acontecem assim: eu vou até a comunidade, fico no mínimo uma semana, visitando hospitais, conversando com as lideranças politicas inclusive, ou seja, as visitas pastorais são sempre momento de graça.”, explicou o religioso.
As servidoras do arquivo questionaram o novo bispo sobre sua primeira impressão da região e ele relatou a hospitalidade do povo tubaronense “Primeiramente devo agradecer a acolhida de todas as pessoas que tenho mantido contato aqui em Tubarão, então a primeira mensagem é de gratidão. E a segunda seria o meu lema episcopal: que é ser servo e peregrino no amor. Jesus nos dá o exemplo, claro que como autoridade, não consigo agradar a todos, mas tenho a minha função como bispo, no entanto venho a este objetivo, em favor da caridade, a fé e a esperança.”


Por último o 7° Bispo da região deixou sua mensagem para a comunidade como um todo: “Eu desejo para nossa igreja, para que sigamos conciliados, às vezes, por conta das mazelas do mundo, acabamos nos dividindo. O evangelho diz que devemos ser firmes, em favor da verdade, da justiça e da paz, seres humanos que perdoam, instrumentos da paz. Devemos nos considerar, além de sujeitos da igreja, também uma figura social. Eu já me considero um ‘barriga verde’, um tubaronense, apesar de ser gaúcho, cidadão desta cidade, que muito bem me acolheu. Um lugar que não ajudei a construir, mais que Deus me colocou aqui. Para finalizar, desejo para cidade de Tubarão e todas as outras da diocese, da parte de Deus, pela intercessão, da Nossa Senhora da Piedade, a paz e a graça de Deus e abundância para as famílias, jovens e crianças, nossos idosos, e casais e a benção de Deus todo poderoso, Em nomo do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém.”, termina assim o bispo, benzendo a cidade.