É hora de lutar! Boxe de Tubarão busca vitórias no Litoral Norte de Santa Catarina

A sensação de estrear nos ringues atravessa o corpo, antes mesmo de pisar nele. É que a ansiedade pré-competição é constante, e companheira de quem tem sede pela vitória. No boxe, a primeira conquista é bater o peso e, por isso, muitos atletas fazem jejum. “A partir de agora só água. Comida só amanhã”, diz o boxeador Gustavo Rodolfo, o Guga, às 15h30 desta sexta-feira (21). Depois de meses de treino e mais de um ano sem lutar, chegou a hora de representar a cidade de Tubarão pela primeira vez neste sábado (22). “Estou me sentindo muito bem, forte e ansioso para estreiar”, revela o atleta de 21 anos. A luta é contra Flávio Schuller, de Florianópolis, pelo Cinturão de Ouro, maior evento de boxe olímpico do Sul do país, realizado em Balneário Camboriú.

 

 

 

No confronto, Guga não está sozinho. O treinador Gabriel de Bona será seu corner, com a responsabilidade de fazer uma rápida leitura de jogo do oponente, e guiá-lo até o ouro. “Pela ligação que estamos criando como equipe, pelo esforço e abertura de aprender que ele vem mostrando, as expectativas são as melhores. Vamos mandar um recado para a divisão toda”, ressalta, ansioso e confiante, o técnico Gabriel, que está à frente da De Bona Boxing, equipe que representa a Cidade Azul. Para ele, o campeonato é a oportunidade de adquirir experiência antes da disputa mais importante do ano: os Jogos Abertos de Santa Catarina, Jasc, disputado em novembro, em Rio do Sul.

 

 

 

É por isso que, além do estreante, no Litoral Norte de Santa Catarina, outros quatro boxeadores estarão defendendo as cores tubaronenses. Com 14 anos de idade, Rofferson Izidoro encara a segunda luta da vida contra o atual campeão catarinense Wesley Salgado, de São Francisco do Sul, enquanto Guilherme Rodolfo, irmão gêmeo de Guga, enfrenta Rafael Smith Valério, de Joinville. O companheiro de equipe Luís Araújo busca a vitória sobre Fábio Henrique, atleta da casa, que promete nocauteá-lo. “Não estou intimidado. Luta é luta e sei da minha dedicação diária, do empenho nos treinos e sinto que vou representar muito bem Tubarão”, completa Luís, que já foi campeão catarinense.

 

 

 

O destaque também vai para o boxeador Vinícius Silva que, desde janeiro, tem adquirido uma significativa evolução – dentro e fora dos ringues. Só neste ano, o atleta já enfrentou um venezuelano e dois campeões: catarinense e paulista. Neste sábado (22), o confronto é com um lutador profissional da Argentina. “É um nível diferente, porque é a primeira experiência contra alguém do profissional. Fiz corte de peso há dois meses. A última vez que comi arroz, feijão e macarrão foi em setembro. Por isso, me sinto mais forte fisicamente”, diz Vinicius. Junto com o técnico Gabriel, análises já foram feitas, e estratégias para o combate estão sendo delineadas. “Na medida certa estou confiante. Vou dar meu melhor dentro do ringue, e no domingo, é partir para o churrasco”, brinca.

 

 

 

Em meio à concentração e o bom-humor, Vinícius compartilha de um mesmo objetivo com os outros boxeadores adultos de Tubarão: criar ritmo de competição. Há menos de um mês para os Jasc, ter a oportunidade de se desafiar no Cinturão de Ouro, fará a diferença na hora de buscar o tão sonhado Bolsa-Atleta, apoio para esportistas de alto-rendimento da Prefeitura de Tubarão. “Todos estão há um tempo sem lutar. Assim, nossa ideia é adquirir ritmo, sentir se a linguagem entre técnico e atleta está em sintonia e, sobretudo, reviver a energia e a euforia que só um ringue competitivo proporciona’, descreve o técnico Gabriel. A equipe de Bona Boxing recebe o apoio com uniforme, alimentação, hidratação e transporte da Fundação Municipal de Esporte de Tubarão.

 

 

Informações: Assessoria de Comunicação/ De Bona Boxing