Paratleta disputa Maratona Internacional de Florianópolis
Vítimas de acidentes ou da falta de assistência no pré-natal. Cada paratleta é sinônimo de superação, inclusão e acessibilidade. Apesar de ter o braço amputado desde criança, Rosane Floriano é exemplo e admiração por onde passa – e corre. Se você acha difícil correr 21 quilômetros, para ela é sinônimo de liberdade. “Eu amo esse tipo de prova”, relata. Neste sábado (23), as passadas serão a 130 quilômetros da Cidade Azul, na capital do estado, onde ocorre a Meia Maratona Internacional de Florianópolis. A largada está prevista para as 6 horas.
Entre as dificuldades ao longo do percurso, Ro revela que o calor pode ser uma barreira. Por mais que os competidores larguem logo ao amanhecer, o verão torna o sol forte, mesmo nas primeiras horas da manhã. Mas, não falta motivação. “É muito bom, tenho tempo de pensar em tudo, nós acertos e erros. O cansaço tem né… mas a alegria de completar é maior e compensa tudo”, descreve, sorrindo. O objetivo principal da paratleta transcende a conquista do pódio. Para ela, a verdadeira medalha alcançado será ao ver o cronômetro na chegada cravar duas horas. “Ou até baixar”, diz, motivada.
E quem lembra o feito dela ao disputar o primeiro Parajasc neste ano? Na pista de atletismo, em Caçador, ela colocou no peito três medalhas de ouro, nas provas de 100, 200 e 400 metros rasos. “A Ro é uma das revelações no paradesporto tubaronense, que somaram ao todo 15 pódios no total. Isso tudo como resultado da inserção do Bolsa Paratleta a partir de 2018”, destaca André Luiz, coordenador na Fundação Municipal de Esporte.