Com a saturação do regime militar, adotado desde 1964, surgem das ruas pressões de diversos setores por mudanças para o país. A principal luta era por eleições diretas para presidente da República, o que ainda não havia ocorrido.
Algumas conquistas já haviam acontecido, como a permissão ao pluripartidarismo, o fim da censura, a anistia política. Mas o poder do governo de estimular a economia não era mais o mesmo. A inflação alcançou altos índices, aumentaram as desigualdades sociais e o país vivia um tempo de crise. A eleição presidencial ocorreu, de forma indireta, com candidatos civis e militares. Tancredo Neves, civil e tido como oposição ao sistema, venceu. Faleceu antes de assumir. Seu vice, José Sarney, foi empossado presidente.
A marca mais democrática, por assim dizer, da chamada Nova República, foi a atual Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988 e chamada de constituição cidadã. No governo José Sarney, fruto de uma Assembleia Nacional Constituinte, presidida por Ulysses Guimarães, a nova carta consolidou a passagem de um regime autoritário para um mais democrático.
A Constituição Cidadã promoveu algumas reformas e corrigiu falhas no sistema tributário, especialmente na repartição das receitas tributárias federais, com o propósito de fortalecer estados e municípios. Pela nova carta o município tornou-se um ente federativo, com mais responsabilidades, mas também com uma fatia um pouco maior do “bolo”. Nos municípios, estados e no país, eleições livres para todos os cargos, com candidatos podendo se utilizar o pluripartidarismo, um reforço no voto e na democracia.
Seguem os perfis dos mandatários de Tubarão neste período, que dura até os tempos atuais.