Dia Mundial de Combate à Tuberculose é celebrado nesta quinta-feira (24)
O Dia Mundial de Combate à Tuberculose é celebrado nesta quinta-feira (24), como forma de conscientizar a população. A doença, que é considerada uma das mais antigas da humanidade, ainda é um problema de saúde pública, e uma das 10 principais causas de morte no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2019, a doença atingiu cerca de 10 milhões de pessoas e causou aproximadamente 1,2 milhão de mortes. A pandemia de Coronavírus reverteu anos de progresso global no combate à tuberculose e, pela primeira vez em mais de uma década, as mortes pela doença aumentaram, de acordo com o relatório global da OMS de 2021. Em 2020, cerca de 1,5 milhão de pessoas morreram de tuberculose.
Os dados nacionais também são altos. O país continua entre os 30 países de alta carga para a tuberculose (TB) e para a coinfecção TB-HIV. No ano de 2020 foram 66.819 casos novos registrados no país, com uma taxa de incidência de 31,6 casos por 100 mil habitantes. Em relação aos óbitos, foram registrados 4,5 mil pela doença, com uma taxa de mortalidade de 2,2 óbitos por 100 mil habitantes.
Em Santa Catarina, no ano 2021, foram notificados 1.794 novos casos de tuberculose, o que revela uma incidência de 25 casos por 100 mil habitantes, segundo o Sistema de informação de Agravos de Notificação (SINAN). O estado atualmente tem uma das menores taxas de óbito do país (1,13 óbitos por 100 mil habitantes), embora com aumento desde o ano de 2017.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria que afeta, principalmente, os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e cérebro. A transmissão se dá por via aérea e pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada. O contato direto com o doente em ambiente fechado e com pouca ventilação representa maior chance de outra pessoa ser infectada.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse (por três semanas ou mais), associada ou não a febre (especialmente à tarde), suor intenso à noite, falta de apetite e emagrecimento. Quem apresenta esses sinais e/ou sintomas deve procurar atendimento médico e seguir o tratamento até o fim, que dura no mínimo seis meses.
“Algumas pessoas apresentam maior vulnerabilidade e com isso aumentam muito as chances de desenvolver a doença. São as pessoas que vivem com HIV, a população indígena, as pessoas em situação de rua e a população privada de liberdade. Para os serviços de saúde o desafio maior para o tratamento e controle da doença tem sido as pessoas em situação de rua. Por isso o trabalho sempre é compartilhado entre o serviço especializado, a atenção básica e os serviços de assistência social”, explica Débora Vandresen Gonçalves, coordenadora do Centro de Atendimento Especializado em Saúde (CAES).
A vacina BCG é uma maneira de proteção contra as formas graves de tuberculose e faz parte do calendário vacinal, devendo idealmente ser feita ao nascimento. Como forma de prevenção e controle da doença é sempre importante investigar os contatos mais próximos da pessoa que está em tratamento para que seja descoberta a infecção e/ou doença o mais rápido possível. Desta forma, o tratamento é iniciado precocemente e há a diminuição de possíveis complicações, além da redução na transmissão.
Assim como a vacina o tratamento completo da tuberculose é gratuito e garantido pelo SUS. Em Tubarão o programa de combate a tuberculose fica no CAES, na rua Pedro Peicher de Carvalho, 263, Oficinas. Telefone: 3621-9646. E-mail: caes@tubarao.sc.gov.br.