Pós-Covid: as sequelas deixadas pelo coronavírus

Há mais de um ano o mundo todo luta contra um vírus que, até começar a registrar os primeiros casos na China no final de 2019, era desconhecido. Apesar de todos os avanços feitos durante esse período, ainda há várias incertezas relacionadas a doença e ao seu desenvolvimento. Uma das incógnitas diz respeito as sequelas que o vírus pode deixar em quem foi contaminado.

 

Tosse crônica, rouquidão, falta de ar ao fazer esforços, perda ou diminuição da força física, entre outros, são os sintomas de sequelas mais comuns, principalmente em quem desenvolveu a forma mais grave da doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde, uma em cada seis pessoas infectadas pelo novo coronavírus fica gravemente doente e desenvolve complicações relacionadas a doença, que podem se estender após a contaminação.

 

Pessoas idosas ou com comorbidades como pressão alta, diabetes, câncer e problemas do pulmão ou cardíacos, possuem maior propensão a adquirirem o vírus de forma mais agressiva e que pode interferir na recuperação. Apesar disso, essa não é uma regra absoluta, pessoas jovens e saudáveis, sem nenhuma doença pré-existente também podem pegar o vírus e ficar com sequelas.

 

As complicações e desenvolvimento da doença variam de caso para caso, por isso que a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Tubarão, em parceria com a Unisul, criou em novembro do último ano um Ambulatório Pós-Covid, que tem como objetivo monitorar os pacientes, principalmente os que tiveram complicações, e conhecer melhor as sequelas causadas pela enfermidade.

 

Daisson Trevisol, diretor-presidente da FMS, ressalta que a importância de se criar um ambulatório específico para tratar pacientes pós-covid é, não apenas para observar as doenças e sequelas que aparecem em virtude do novo coronavírus, como também para não sobrecarregar as unidades de saúde, “Para que a gente possa atender melhor essas pessoas e dar um encaminhamento para esses pacientes depois da Covid-19”, explica.

 

O diretor-presidente da FMS, reforça que os ambulatórios precisam ter especialistas exclusivamente para esses casos. “Esse trabalho poderá apontar dados mais específicos de como a doença se comporta no organismo do ser humano, principalmente depois de uma internação”, esclarece Daisson. Dessa forma, o Ambulatório Pós-Covid conta com profissionais de enfermagem, educação física, fisioterapia, nutrição, farmácia e médicos especialistas, que acompanham e estudam a situação de cada paciente e as complicações resultantes pelo vírus.