Catástrofe de 74 é relembrada em Tubarão

Por mais que atualmente as atenções estejam voltadas para a tragédia da pandemia de Covid-19, cujo cenário é devastador no país, Tubarão relembra nesta quarta-feira (24) uma outra catástrofe, desta vez local, e que traz feridas não cicatrizadas até os dias de hoje, passados 47 anos.

 

Era a noite do dia 24 de março de 1974, e muitos achavam que o pior já havia passado daqueles dias de muita chuva em toda a região. Infelizmente, os acontecimentos que se seguiram mostraram que esta sensação estava equivocada, e a tragédia causada pelas águas do Rio Tubarão deixou um rastro de destruição nunca antes vista, 65 mil desabrigados e 199 mortos, segundo os números oficiais (especula-se que foram mais, não contabilizados).

 

Por conta disso, o diretor-presidente da Fundação Municipal de Educação, professor Maurício da Silva, enquanto vereador, foi autor do Projeto de Lei nº 3.289/09, que instituiu a realização anual, sempre nesta época, do seminário que tem a enchente de 74 como tema central, de modo a manter viva na memória da cidade o ocorrido neste dia, e apresentar as ativações preventivas com o objetivo de se evitar uma nova tragédia deste porte na cidade.

 

Este ano, em virtude da pandemia, os eventos que tradicionalmente são realizados sobre o tema foram cancelados.

 

Abaixo, para reflexão, a crônica “O Rio nas Ruas de Tubarão”, do professor universitário e escritor Felipe Felisbino, um relato pessoal de quem viveu a tragédia.