O esporte que cresce e se fortalece com investimento

Qual o preço de um sonho? Não é fácil traduzir em palavras o que um atleta passa para alcançar o pódio – até mesmo para o torcedor assíduo que acompanha o dia a dia do campeão. Enquanto alguns pensam que é “só resultado”, quem vive, dedica-se e, principalmente, está no lugar de fala, defende que o esporte vai além de uma medalha e de qualquer outro título. Por quê? Parece ironia, não? Já que todos os competidores buscam o lugar mais alto do pódio e os recordes. É sobre isso que esta reportagem fala: o caminho para a chegada.

 

Antes, é importante ter a clareza que, no esporte de alto rendimento, ser atleta é uma profissão – como ser médico, advogado, empresário ou lojista. Se em cada área de atuação existem equipamentos e conhecimentos necessários, no esporte o corpo é o instrumento de trabalho. E por isso, o atleta tem ações que o diferencia daquilo que um cidadão comum é capaz de realizar cotidianamente. Uns as fazem através da predisposição genética.  Outros por pura dedicação. Mas, para todo atleta profissional,  existem exigências, uma “carga horária”  a ser cumpridas – se não você é amador, um praticante por lazer.

 

O suor é rotineiro.  A dedicação precisa ser diária – até nos fins de semana. A disciplina, então? Ela que mantém a constância para “fazer o que precisa ser feito” e moldar aquele talento. Por isso todos falam “sem dor, sem ganho”. O atleta profissional trabalha duro. Persiste muito para, enfim, alcançar o resultado. Muitas vezes só é lembrado pela medalha, essa que só materializa a jornada heroica que salva famílias, coloca alimento dentro de casa, tira crianças das drogas, proporciona estudos, viagens, ensina sobre igualdade e amadurece o bom cidadão, com empatia e respeito ao próximo.

 

Nos tatames e pistas, as piscinas, quadras e campos, os tubaronenes ganham aplausos em diversos cantos do estado, país e mundo. O Bolsa Atleta, Paratleta e Técnico é a base por tornar Tubarão referência desportiva no Brasil. São políticas públicas que nasceram há setes anos, na gestão do ex-prefeito Manoel Bertoncini, já com a participação do vice-prefeito Caio Tokarski, que defendeu em uma Carta Aberta ao Esporte Tubaronense durante esta semana: “os resultados, ao contrário do que alguns dizem é o que motiva e inspira atletas e é fundamental para o crescimento e autoestima de uma cidade. Esporte não é gasto, esporte é investimento”, enfatizou.

 

É investir na vida de crianças, adolescentes e jovens sonhadores, que tem a oportunidade de se dedicar aos estudos e ao esporte, em tempo integral, e alcançar uma ascensão social. Até mesmo para aqueles iniciantes que ainda não possuem o benefício do programa esportivo municipal se mantêm motivados. “Eles não tem a ajuda, pois ainda estão aprendendo, se educando e continuam treinando, porque estão motivados na busca de uma bolsa no futuro”, afirma o treinador e mestre em Ciências da Saúde, Marcos Paulo Huber.

 

Por fim, neste momento de pandemia, cabe destacar a fala do presidente da Fundação Municipal de Esporte, Luiz Ernani Buerger. “O Bolsa Atleta e Técnico dá condições aos competidores e treinadores até de se manterem durante essa fase que todos vivemos. Existem dificuldades que envolvem desde a aquisição de material esportivo, fardamento, tênis, até a parte social, em que o próprio recurso ajuda a sustentar as famílias. O Bolsa Atleta e Técnico não é campanha política, é uma política governamental”, finaliza Ernani