Liberação de transporte coletivo, aulas e eventos, começa a ser discutida nesta sexta-feira (29)
Após o governador Carlos Moisés da Silva declarar em entrevista que a responsabilidade pelo relaxamento de medidas restritivas no transporte coletivo, educação e eventos, passará aos prefeitos, muitas dúvidas surgiram com relação ao tema. Segundo o governador, a medida leva em consideração a utilização de uma nova ferramenta de gestão regionalizada, que envolve diversos fatores no combate à disseminação da pandemia.
Os prefeitos da região da Amurel, diante da situação, vão se reunir na tarde desta sexta-feira (29), para começar a discutir a questão. Além dos prefeitos, devem participar da videoconferência, secretários municipais de saúde e de educação. Por enquanto, a única certeza, é que as decisões serão tomadas de forma conjunta, com efeitos em toda a Amurel. Prazos e a forma de retorno das atividades, ainda não são previsíveis.
A Federação Catarinense de Municípios (Fecam), através do secretário-executivo, Rui Braun, declarou que ainda não conhece a ferramenta que balizará as decisões regionais. O estado ficou de apresentar nesta sexta-feira (29) uma versão do sistema possível de ser testada. “Sabe-se que se trata de um sistema que classifica a situação da pandemia em cada região, em forma de bandeiras, que vão indicar maior ou menor perigo, para a tomada de decisões”, adianta Rui.
Em Tubarão, o prefeito Joares Ponticelli pretende reunir na próxima semana o Comitê de Gestão de Crise, que tem acompanhado as questões da pandemia na cidade, para também discutir a questão, se a ferramenta indicada pelo governo do estado já estiver funcionando. “Fomos pegos de surpresa com a decisão do governador, que sempre teve sob seu poder a normatização da quarentena e das medidas restritivas. Diante dessa transferência de responsabilidade, vamos em busca da identificação de uma matriz de risco, que possa nos dar segurança, sanitária e jurídica, para a tomada de decisão”, avalia.
O prefeito ainda informou que aguarda uma manifestação oficial do governo sobre o tema, pois, o que se sabe até agora é o que foi veiculado pela imprensa, dito em entrevista do governador. Qualquer decisão sobre flexibilização de normas restritivas já adotadas, só será tomada quando as cidades da região tiverem acesso à “ferramenta epidemiológica” anunciada, não havendo prazo definido para qualquer alteração.
Segundo Joares, a decisão para a liberação do transporte coletivo deve ser um pouco mais rápida, diferente das áreas de educação e eventos. “O transporte coletivo ficou sem uma alternativa desde o início da crise e precisa de uma solução, pois interfere diretamente na vida das pessoas. Acreditamos que obedecendo regras sanitárias bastante rígidas, o setor poderá voltar a atuar, mas, essa é uma decisão que também precisa ser regional e será discutida com a Amurel”, finaliza Joares.