País tem primeiro caso confirmado de coronavírus: momento é de cuidado e prevenção

Em janeiro, a enfermidade que contaminou pessoas de diversos países foi declarada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma emergência de saúde pública. No cenário mundial, a situação ainda é preocupante. Nesta quarta-feira (26), o Brasil teve seu primeiro caso confirmado de coronavírus em São Paulo deixando todo o país em alerta. Em contrapartida, o município está se preparando para identificar novos possíveis casos da doença.

 

O coronavírus é um vírus que ataca o sistema respiratório do organismo e, como os sintomas são parecidos com de uma gripe, é importante ficar atento. Tosse, coriza, falta de ar e febre são alguns dos sinais e sintomas que atingem os pacientes. A recomendação é de que todos os pacientes que tiverem algum desses sintomas devem procurar atendimento de saúde.

 

“Qualquer pessoa, assim como na gripe, está propensa a adquirir a doença. O que a gente tem percebido, na verdade, é que o agravo da doença depende de alguns fatores, que muitas vezes os pacientes apresentam alguma doença acaba resultando em uma debilidade maior e com consequências mais graves. Principalmente com pessoas idosas, que já possuem uma dificuldade um pouco maior em recuperação”, informa o diretor-presidente da Fundação Municipal de Saúde, Daisson Trevisol.

 

1º caso confirmado no país

O homem de 61 anos, que viajou para a Itália entre os dias 9 e 21 de fevereiro, apresentou alguns sintomas da doença durante o último final de semana. Ao procurar atendimento médico, foi realizada a coleta dos exames laboratoriais que comprovaram, nesta terça-feira (25), o resultado positivo para a presença do vírus. O segundo teste de contraprova foi realizado em seguida e serviu para confirmar, de fato, o primeiro caso do país, nesta quarta-feira (26).
O Ministério da Saúde informou que está identificando os passageiros que estiveram no mesmo voo que o paciente, para serem examinados e acompanhados durante o período de encubação.

 

Preocupação do município

No município, os profissionais da saúde já receberam orientações sobre a doença e no próximo mês passarão por uma capacitação. “Temos que pensar em prevenção e identificação do vírus. Esse é o principal fator para o qual devemos nos preparar e começar o tratamento de forma antecipada. Estamos atentos e preparados para tomar cuidado com a proliferação do vírus. Temos um sistema de saúde que funciona muito bem nesse sentido e está organizado para essas questões de urgências”, informa o diretor-presidente da FMS.
Para Daisson, a maior preocupação ainda é referente ao sarampo e a febre amarela. “O coronavírus chegou, mas ainda estamos preocupados com o sarampo e a febre amarela, pois essas doenças já estão circulando há algum tempo. E são enfermidades que possuem a vacina como prevenção e muitos ainda não estão se vacinando. É isso o que mais preocupa agora”.

 

Dicas de prevenção

Tendo em vista alguns casos no mundo, em que pacientes assintomáticos estão conseguindo contaminar outras pessoas, neste momento é importante ter cuidado. Se você viajou para fora em alguns dos países que apresentem casos do vírus ou entrou em contato com alguém que viajou, fique atento aos cuidados:

• Evite ao máximo o contato com pessoas durante o período de encubação da doença, que varia de 2 a 14 dias;

• Lavar mãos com água e sabão com frequência;

• Evitar sempre tocar olhos, boca e nariz com as mãos sujas;

• Cobrir a boca e o nariz ao espirrar, de preferência com um papel;

• Manter os ambientes ventilados;

• Limpar locais e objetos que sejam tocados com frequência;

• Evitar contato com pessoas doentes;

• Ficar em casa quando estiver doente e utilizar máscara ao sair.

 

Vacina contra o coronavírus

Uma empresa americana anunciou, na última terça-feira (25), que sua vacina contra o novo coronavírus está pronta para testes clínicos a partir de abril. A expectativa é que, em um futuro próximo, o mundo tenha uma dose que combata o vírus, comenta Daisson. “A vacina deve evitar a transmissão, que é muito grande. Mas apesar disso, a letalidade da doença é de 2%, relativamente mais baixa do que se esperava. Quanto antes detectarmos o vírus e controlarmos os sintomas, menos pessoas irão sofrer com isso”, reforça Daisson.