Primeiras obras do programa “Se Essa Rua Fosse Minha” se encaminham para conclusão

Idealizado para reduzir o déficit de pavimentação na área urbana do município, o “Se Essa Rua Fosse Minha” tem as duas primeiras ruas com obras em fase de conclusão. Na Bruno Roussenq, em Oficinas, e Gerônimo Meneghel, no bairro Santo Antônio de Pádua, faltam apenas alguns acabamentos. Até o final de 2020 a meta é pavimentar 90 ruas em um modelo de parceria no qual a prefeitura fornece os materiais e os moradores disponibilizam a contratação da mão de obra.

 

Na primeira etapa foram iniciados os trabalhos para pavimentação com lajotas na Borges Damiani (São João Margem Esquerda), João Orlandi Corrêa (Humaitá de Cima), Manoel Jovito Cardoso (Passo do Gado) e Bráulio de Mello (Passagem). Na segunda etapa, com até 40 ruas, das quais 15 aprovadas, os materiais já são adquiridos com os R$ 5 milhões disponibilizados pelo financiamento junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

 

As próximas pavimentações podem iniciar ainda este mês. O cronograma de trabalho não tem uma definição consolidada, já que a ordem de serviço das empreiteiras ou construtoras fica a cargo da iniciativa dos próprios moradores.

 

No início de 2017 a prefeitura tinha uma estimativa de 104 quilômetros de estradas não pavimentadas só na área urbana. Para participar da parceria com a prefeitura, os moradores que tinham interesse em ver sua rua pavimentação tiveram que se habilitar junto a secretaria de Urbanismo, Mobilidade e Planejamento e cumprir uma série de exigências.

 

Uma vantagem do modelo, sempre destacada pelo prefeito Joares Ponticelli, é a autonomia e autoridade dos moradores em fiscalizar a obra.

 

“Os moradores é que contrataram, então são os patrões e fiscais. A prefeitura tem limitações na fiscalização, mas no “Se Essa Rua Fosse Minha” todos os moradores vigiam os trabalhos diariamente e podem cobrar de maneira imediata caso fiquem insatisfeitos”, lembra Joares.

 

Programa permite aprendizado a estudantes da Unisul

 

A Fundação de Apoio à Educação, Pesquisa e Extensão da Unisul (Faepesul), que fez a elaboração dos projetos, também atua na fiscalização das obras. Pedro Lemos, responsável técnico de Engenharia Civil da Faepesul, esclarece que a parceria firmada entre prefeitura e Unisul beneficia a todos.

 

“A prefeitura viu na Faepesul, uma fundação que não visa lucros e que tem como foco o desenvolvimento regional, a oportunidade de ter um acompanhamento detalhado do desenvolvimento das pavimentações e da execução das obras. Isso permite ajustar processos para os projetos das próximas ruas, gerando aprendizado para a Fundação, estagiários, empreiteiras e promove benefícios à população”.

 

A Unisul ainda tem a oportunidade de colocar em prática a sua marca registrada de universidade comunitária através do Ensino, pesquisa e extensão e oferecer um aprendizado diferenciado a vários estudantes do curso de Engenharia Civil.