Agentes de saúde e enfermeiros recebem capacitação sobre a humanização do nascimento

O cronograma do segundo dia da 1ª Semana de Conscientização à Humanização do Nascimento começou cedo. Agentes de saúde e enfermeiros receberam palestras e orientações sobre o tema nesta quarta-feira (14). Durante a tarde, diversas atividades aconteceram para gestantes, puérperas e a comunidade em geral no Bloco da Saúde, na Unisul. O evento é promovido através da Fundação Municipal de Saúde (FMS) em parceria com entidades da cidade.

 


Uma educação continuada para as Agentes Comunitárias de Saúde (ACS) foi o que iniciou o dia. Ministrada pela professora e enfermeira Adriana Elias, e a doula Michele Wanderlin, o debate foi sobre o papel delas no atendimento à gestação, o nascimento e o puerpério humanizado.

 


Sensibilizar sobre o parto humanizado com as ACS é de grande valia para saúde da mãe e do bebê, pois elas são o elo entre a Unidade Básica de Saúde (UBS) e as próprias pacientes. “Capacitá-las é importante por esse contato tão próximo que possuem, já que são elas que vão levar as informações para essas gestantes num primeiro momento. Na área da saúde, a humanização é algo que muda todos os dias, a gente sempre tem mudanças e repassar para elas é o primeiro passo de uma visão mais humanizada nos serviços”, descreve a coordenadora da Saúde da Mulher, Adriana Felisbino.

 


No início do período vespertino, a enfermeira Vânia S. Collaço e a doula Franciele S. Cardoso iniciaram a capacitação destinada aos enfermeiros do município, com uma linguagem voltada para as técnicas e também ao nascimento humanizado. “O intuito é o mesmo, mas o que muda é a abordagem. Tem a parte humanizada e técnica que convergem para o mesmo sentido. Os enfermeiros precisam reforçar o olhar, que vai além do fisiológico, enxergar o paciente como um todo”, pontua Adriana.
As atividades do hall de entrada, como reike, tarot terapêutico e auriculoterapia, iniciaram pela manhã, orientadas pelas equipes do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF-AB) e enfermeiros das UBS. Durante a tarde houve ainda rodas de conversas, durante todo o período, segundo o cronograma anexado abaixo.

 


Cine parto, pintura no ventre e roda de conversa

 

Quando uma mulher fica grávida surgem diversas dúvidas sobre a gestação, mas a principal delas é relativa ao parto: vai ser normal ou cesariana? Entre diversos comentários que a gestante escuta durante as semanas que antecedem o parto, sua cabeça se molda e na maioria das vezes o parto normal acaba ficando longe de ser a primeira opção.

 


Com o objetivo de debater e demonstrar o quanto é importante essa escolha para o corpo e o recém-nascido, na noite desta terça-feira (13), foram desenvolvidas atividades para orientar e cessar dúvidas sobre o parto normal, o que surpreendeu e incentivou todas as presentes no local, como Ana Vitória Bittencourt.

 

 

A jovem de 20 anos e que está grávida do seu primeiro filho, relatou que seu primeiro desejo, ao descobrir que carregava uma vida, foi querer ter o parto normal. Porém, durante esses sete meses de gravidez ouviu diversas vezes que talvez não seria possível por ser muito pequena e magra, mas ao receber informações das profissionais ela viu que seria possível. “A forma como elas foram sensíveis e passaram as informações do tema abordado de um jeito carinhoso, foi o que mais me encantou. E acho muito legal também ser aberto ao público, porque tem gente que não vai atrás da informação para ter um parto saudável”.