Memórias de Tubarão: Arquivo Histórico resgata jornais sobre a enchente de 1974
Dando sequência a série de reportagens que resgata grandes acontecimentos na cidade de Tubarão, o Arquivo Histórico Amadio Vettoretti resgata nesta segunda-feira (13), outros registros jornalísticos feitos a época, sobre a enchente de 1974. Durante o mês de março, a programação da série Memórias de Tubarão será totalmente voltada a enchente, devido ao 49º ano pós tragédia.
Entre os resgates, está uma produção do jornal Diário Catarinense, com a reportagem “A Cidade Abandonada”, do renomado jornalista e advogado, e também fundador do Grupo Diários Associados, Assis Chateuabriand. Nesta, Tubarão é retratada como uma cidade “semi-morta”.
Em um outro jornal da época, a reportagem relata sobre a chuva torrencial que caia na região e sobre o represamento do Rio Tubarão pelo mar, onde centenas de casas foram levadas pela água. Entre as informações oficiais obtidas, foram registrados 199 mortes, entretanto, não houve uma lista oficial com a identificação de todos os mortos da tragédia, o que aumentam as suspeitas de que este número seja maior.
No Arquivo Público Municipal, estão depositados 58 certidões de óbitos decorrentes da enchente. Em determinados pontos do município, estão espalhados outros registros que remetem a enchente de 74. Na Rua Coronel Collaço, há uma placa na parede frontal da antiga Ótica Zumblick, que registra o nível atingido pelas águas do Rio Tubarão.
Também há outra placa na parede da bomba d’água dos galpões que pertenciam a antiga Souza Cruz, atualmente Farol Shopping, mostrando o nível atingido na Rua Lauro Müller, próximo ao portão dos fundos do shopping. No Centro Municipal de Cultura Willy Zumblick, situado na Praça Sete de Setembro, conta com um acervo de fotos sobre a enchente.
Na galeria abaixo, é possível visualizar o Decreto Nº 267/74, de 24 de março de 1974, assinado pelo prefeito da época Doutor Irmoto José Feuerschuette, que declarou estado de calamidade pública em todo município de Tubarão na ocasião.
