Audiência pública discute criação de grupos em defesa dos direitos das mulheres e no combate à violência
O Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), representantes da sociedade civil, autoridades do poder municipal, através do vice-prefeito Denis Matiola, dos secretários de Assistência Social, Mulher e Família, Heloísa Cabral, e de Saúde, Otávio Piva, e alguns vereadores, participaram da audiência pública “Grupos Reflexivos para Homens – Necessidade de Política Pública Continuada”, na tarde desta quarta-feira (26), no auditório da Amurel.
Na ocasião, a delegada da 5ª Região da Polícia Civil, Carolini De Bona Portão, expôs os dados estatísticos de violência doméstica em níveis municipal, estadual e nacional. Ela relatou que, em 2024, 2.308 mulheres registraram boletim de ocorrência e houve 1.693 requerimentos de medidas protetivas em Tubarão. “É uma realidade cruel e avassaladora. Não há mais tempo e nem espaço. As vítimas estão morrendo nas mãos do poder público”, enfatizou.
O juiz Maurício Fabiano Mortari, titular do Juizado Especial Criminal e de Violência Doméstica e Familiar da Comarca de Tubarão, ressaltou que no Brasil foram 540 mil requerimentos de medidas protetivas no ano de 2024, e que os números não se reduzem. “A punição, muitas vezes, é um incremento para a violência”, lamentou.
Para o professor e doutor em Serviço Social Ricardo Bortoli, que participou de forma online, devem haver grupos reflexivos dentro dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e Especializado (CREAS), tanto para mulheres quanto para homens. “O machismo, proveniente da infância, corrói a vida dos homens e da sociedade. É uma questão cultural e institucional”, frisou.
Na abertura da audiência, houve a apresentação da Orquestra Santa Teresinha, que faz parte do projeto social da Associação Orquestra Santa Teresinha do Menino Jesus.






Fotos: Kelen Bardini/PMT