A história do Palacete Cabral remete a segunda metade do século XIX, construído pelo Coronel Luiz Martins Collaço. O prédio serviu como sua residência, recebendo como hóspede sua alteza imperial, o Conde D’Eu.
No ano de 1897 foi demolido por João Cabral de Mello, genro do Coronel Collaço. A nova edificação foi projetada pelo arquiteto Rodolfo Sabbatini e construída seguindo o estilo eclético. Serviu de residência ao Coronel Cabral por 13 anos, até sua morte.
Começou então a chamada “Fase de Alugueis”, que durou 12 anos, sendo que neste período, o palacete serviu de residência a personalidades que exerciam altos cargos na cidade, sendo ainda palco de luxuosos banquetes e festas até 1925.
No ano de 1924, entretanto, a prefeitura comprou o imóvel, sendo que em julho de 25 passou a ocupar o prédio, que se tornou sede da Superintendência Municipal. O primeiro prefeito a ocupar o palacete foi o Dr. Otto Feuerschuette. Junto à prefeitura, o Poder Judiciário e o Legislativo tubaronenses também ocuparam a edificação.
Revolução de 1930
No dia 4 de outubro de 1930, o Palacete Cabral foi testemunha do movimento revolucionário em apoio a Getúlio Vargas, que tomou o controle político de Tubarão, sendo instalada no Palacete a sede do Governo Provisório do Sul de Santa Catarina, ao qual destituiu os prefeitos municipais de toda a região. Em suas sacadas, os revolucionários discursavam e comunicavam seus atos à população.
Outros usos
Até o ano de 1965, o prédio foi sede da prefeitura de Tubarão, até sua mudança para outro endereço, onde recebeu posteriormente outras repartições, dentre elas o Instituto Municipal de Ensino Susperior, que mais tarde se transformou na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul). Sediou ainda o IBGE, a Junta Militar, o Cartório, a Biblioteca Pública e outros órgãos. Durante todos estes anos, a edificação não foi preservada e seu estado físico se degradou de forma acentuada.
Com a Lei nº 1.097 de 18 de maio de 1984, o imóvel foi enfim reconhecido como “Patrimônio Histórico e Cultural Municipal”. Já em 22 de agosto de 1984, a Lei nº 1.116 denominou o antigo Paço Municipal de “Huberto Rohden”, filósofo nascido em São Ludgero, e que pertencia a Tubarão.
No ano de 1986, o prefeito Miguel Ximenes iniciou as obras de restauração, inauguradas em 1987. Após a restauração, a Casa da Cidade serviu de sede ao departamento de Cultura do município, recebendo exposições de artes, lançamentos de livros, cursos artísticos, exposição de material histórico referente à cidade de Tubarão e eventos culturais diversos, além de ser sede da Biblioteca Pública Municipal.
Atualmente o espaço abriga a sede da Fundação Municipal de Cultura e o Departamento de Economia Criativa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação.
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