Memória de Tubarão: do ápice ao declínio, a história de grandes vitórias do Tubarão Futebol Clube

Que nossa cidade se destaca no esporte não é uma novidade. Hoje, com as escolinhas de inclusão social, Tubarão é citada frequentemente nos pódios de competições de diversas categorias. Em meados de 1950, Tubarão brilhava também no futebol catarinense, com o Esporte Clube Ferroviário, que deu origem, em 1992, mais precisamente no mês de maio, ao Tubarão Futebol Clube.

No Memórias de Tubarão desta semana vamos contar um pouco da história desse time que abrilhantou muito a história tubaronense:

Fundado em 25 de maio, através da iniciativa de um grupo de empresários e ex-diretores do Esporte Clube Ferroviário, rubro-negro do bairro de Oficinas, campeão catarinense nos anos 70, e do Hercílio Luz Futebol Clube, nasceu o Tubarão Futebol Clube, que ocupou o lugar do já inativo clube da Vila dos Ferroviários, no coração daqueles torcedores.

O objetivo deste fervoroso grupo de amantes do futebol era de formar uma equipe forte para melhor representar o futebol de Tubarão e toda região da Amurel. O Conselho Deliberativo foi formado por cem sócios e seu presidente à época, Antônio Olívio Benedet, com o vice-presidente Valmor Silva Júnior e que contava na diretoria o empresário Evaristo Niehues. O time mandava seus jogos na mesma vila dos Ferroviários que o seu clube mãe, o Estádio Domingos Silveira Gonzales.

Uma virada importante na história do clube aconteceu em 1995, quando diretores do Hercílio Luz Futebol Clube assinaram um contrato de parceria cedendo o Estádio Aníbal Costa para o Tubarão Futebol Clube mandar suas partidas. Isso permitiu ao Tubarão expandir seu alcance e se tornar uma potência esportiva em Santa Catarina, com dois estádios e um ginásio.


O aumento significativo no número de torcedores nos jogos trouxe um novo espírito ao futebol da cidade de Tubarão. O clube competiu em campeonatos brasileiros, estaduais, na Copa Sul e na Copa Sul-Minas.

Um marco notável ocorreu em 1998, quando o Tubarão Futebol Clube foi vice-campeão catarinense, em partida marcada por polêmica arbitragem de Luiz Orlando de Souza, que anulou um gol legítimo no final do jogo. Ainda em 1998, o peixe venceu o Criciúma Esporte Clube na Copa Santa Catarina, conquistando seu maior título até então.


No ano seguinte, em 1999, o Tubarão Futebol Clube deveria ter representado Santa Catarina na Copa do Brasil, mas foi escolhido o Figueirense, devido a uma nova norma criada pelo então presidente da Federação Catarinense de Futebol, Delfim de Pádua Peixoto.

Em 2001, o clube alcançou sua melhor posição no Campeonato Brasileiro da Série C, terminando em 6º lugar, um feito inédito na região da Amurel. Em 2002, participou pela primeira vez na Copa Sul-Minas, destacando-se como o melhor clube catarinense na história desse torneio.

Em 2003, devido a problemas financeiros e disputas com o Hercílio Luz Futebol Clube, o Tubarão Futebol Clube deixou de utilizar o Estádio Aníbal Torres Costa. Em abril de 2005, o clube tomou a difícil decisão de se licenciar do futebol profissional devido a questões financeiras, deixando de competir na primeira divisão do Campeonato Catarinense nos anos seguintes.


A história do Tubarão Futebol Clube é marcada por momentos de glória e desafios.

Na galeria é possível ver documentos da criação do clube e manchetes de jornais da época e jogadores titulares. Todos os registros históricos e muito mais podem ser encontrados no Arquivo Municipal localizado Avenida Marcolino Martins Cabral, no segundo piso da antiga estação rodoviária. O horário de funcionamento do local é das 13 às 19 horas, de segunda a sexta-feira.