Município mantém busca por local para funcionamento provisório do Mercado do Produtor
O município, através da secretaria de Agricultura e Interior, mantém-se mobilizado na busca de um espaço para o funcionamento provisório das vendas de comerciantes e produtores durante a construção do novo Mercado do Produtor, em Oficinas. A locação de um imóvel no bairro Monte Castelo está em avaliação, sendo esta a terceira tentativa de realocar os 21 comerciantes durante o período de obras.
A construção de um novo e moderno Mercado do Produtor em substituição ao tradicional espaço localizado na Avenida Altamiro Guimarães foi autorizada há algumas semanas pelo prefeito em exercício Gelson Bento. O investimento é de R$ 2.620.578,77, com prazo de execução de 240 dias. A busca por um local mais adequado, atrativo e confortável para o público e os comerciantes, no entanto, tem mais de seis anos.
Em 2017 a prefeitura protocolou junto à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte uma solicitação de reforma no local como forma de atender as demandas de órgãos como Ministério Público e Polícia Civil. A intenção do município seria resolver, de maneira definitiva, todas as pendências desse espaço, inclusive a ocupação dos comerciantes, que desde 2006 se encontram de maneira precária e irregular no local. Em 2019 a prefeitura encaminhou o pagamento de R$ 9 milhões em precatórios pela compra do terreno, pendente desde os anos 80, e esperava ver o novo Mercado do Produtor inaugurado em 2023. Nessa nova fase a ocupação por parte dos comerciantes e produtores seria devidamente legalizada através de chamamento público.
As duas primeiras tentativas de abrigar os comerciantes provisoriamente em outro lugar não deram certo, por razões financeiras e de documentação. A primeira opção, que agradou os comerciantes, seria uma estrutura provisória no pátio do Ginásio Francisco Salgado (Salgadão), mas os custos de R$ 1,1 milhão com tendas, banheiros químicos, sistema de água e esgoto, energia elétrica (instalação e consumo) e vigias 24 horas inviabilizaram a ideia.
Depois, surgiu a opção de um galpão na Rua dos Ferroviários, também com a concordância dos comerciantes. A locação de R$ 9,3 mil mensais estava bem encaminhada, mas o contrato não pôde ser feita por conta de problemas na documentação da empresa do proprietário e o local, por não atender certas questões legais, precisou ser descartado.
Uma terceira alternativa, já encaminhada pela prefeitura, seria a mudança provisória dos comerciantes para o Ceasa, no bairro Revoredo. Os comerciantes, no entanto, não aprovaram o local que já contem toda a estrutura necessária.
Para cumprir os prazos previstos em contrato para a construção do novo Mercado do Produtor, a empresa vencedora da licitação precisará demolir as antigas estruturas. Se até lá não houver um consenso por um local provisório para os comerciantes e produtores, a prefeitura poderá fechar o atual espaço de vendas até que o novo local seja inaugurado.