#AtivoEmCasa: treino de voleibol aproxima mãe e filha durante o isolamento

Se antes o celular ficava guardado na mochila, agora é ferramenta essencial para corrigir os movimentos durante os treinos. É através da rede online que a treinadora de voleibol Greysian Felisberto consegue instruir as meninas do time feminino de voleibol tubaronense. Com horário marcado de treino, cada atleta executa os exercícios prescritos pela professora e ainda ganham todo o suporte de correções e incentivo da profissional. 

 

Quem fica feliz em manter a rotina ativa é Vitória Beck. Integrante da equipe de rendimento, apesar de sentir falta das atividades práticas com a bola em quadra, ela tem motivação para seguir firme em busca do sonho. “O foco é melhorar meu condicionamento físico”, destaca a esportista, que encontrou uma nova parceira de treino: a mãe Edmara Beck. “Por treinar em casa temos mais distrações, por isso treinar com minha mãe é tão bom, já que fico mais concentrada”, revela Vitória. 

 

Ao ser perguntada sobre a experiência de se exercitar ao lado da filha, Edmara afirma: “nós estamos muito mais unidas”. Com uma rotina agitada, as duas mal se viam ao longo do dia e esse tempo de quarentena se tornou marcante ao transformar a crise em oportunidade de convívio afetivo. “O que vemos lá fora é triste para nossa geração, mas ao mesmo tempo tem seu lado bom. Ficamos mais perto de quem amamos, com tempo de qualidade, amor e atenção”, finaliza. 

 

A parede como adversária e amiga 

Aqueles que não encontram um parceiro dentro de casa, usam a criatividade a favor. No voleibol masculino, o atleta Leandro Pereira Figueiredo utiliza a parede como ponto fixo para se movimentar com a bola. “Fazer as ações na parede é complicado e engraçado. Mas é um período que precisamos ser persistentes”, conta o esportista. 

 

Em outra casa, o amigo de equipe Felipe Niehues também segue motivado nos treinos. “Está sendo produtivo, rendendo bastante, o primeiro dia peguei bem pesado, agora estou dando uma equilibrada”, diz. 

 

Os treinos estão sendo orientados pelo treinador Anderson Damian. “Tem funcionado bem a ideia, mas nada substitui uma quadra. Torço e rezo para que essa situação melhore logo”, finaliza o professor.