A noite das estrelas: ginástica rítmica apresenta espetáculo de gala

Na bolsa, maquiagem, pente e escova de cabelo. Se não fosse pela quantidade de glitter, poderia até parecer adereços comuns para uma mulher carregar diariamente. Mas, não. “Mãe de ginasta é assim, sempre tem que estar preparada”, descreve Patrícia Santos, auxiliar de cozinha. Ela, que às 16 horas já estava nos camarins da Arena Multiuso desta segunda-feira (9), maquiando não só a filha, como outras meninas para o grande espetáculo do dia: a Ginástica de Gala. “Um evento que não tem a ver com pódios e sim com o resultado do trabalho feito ao longo de todo o ano”, revela Nel Orth, treinadora de ginástica da Fundação Municipal de Esporte.

Com a maquiagem pronta, o coque preso com gel e o colam brilhoso já no corpo das artistas, os grupos de dança fizeram a última passagem no palco para ajustar os últimos detalhes do show. Depois, reunidas em uma grande roda, rezaram. Umas mais sorridentes e leves, outras sérias e nervosas. O que as unia ali, era o brilho no olhar de estar prestes a mostrar o que foi ensaiado a meses para os pais, familiares e amigos. Luzes acesas, postura e lá iam elas fazer o que gostam: ginástica rítmica. Com o tema “Uma Noite Com As Estrelas da Música”, as apresentações iniciaram às 20 horas. As coreografias, o figurino e até o telão de led ao fundo representaram diversos cantores famosos, como Michael Jackson, Elvis Presley, Elis Regina, Shakira, entre outros nomes da música que marcaram a história.

Contudo, dificuldades também rechearam o espetáculo. Após errar e sair correndo para a coxia chorando, Sofia Bonelli encontrou forças, lembrou de todo o trabalho e esforço envolvido e deu a volta por cima. “Fiquei triste, mas minha mãe me deu forças para continua”, diz a ginasta de 11 anos, emocionada. Ao entrar novamente no palco, o público torcida pela menina a cada movimento e acrobacia para, no fim, aplaudi-la com tamanha intensidade pelo exemplo de superação.

Ao todo, foram 18 coreografias apresentadas, todas elas ensaiadas pela professora Nel Orth. “Foi o dia delas se perceberem e ver o quanto são capazes. Por isso que cada uma foi a verdadeira estrela aqui”, destaca a treinadora. Para Nel, uma palavra que define a ginástica é colaboração. “Uma depende da outra, mesmo que seja um movimento simples, é a união que faz toda diferença”, completa. Embora seja clichê a expressão, é realmente isso que corresponde aos movimentos que a modalidade exige: a sincronia entre os bambolês, a concentração para não deixá-los cair, tudo isso faz da ginástica um esporte único e lindo de ser assistido.