Campanha “Pedrinho Campeão” contra a obesidade infantil inicia na nesta quinta-feira (28)

Falta de tempo, sedentarismo e o consumo em grande escala de uma variedade de alimentos industrializados. Estes, entre outros fatores, contribuem para o aumento da obesidade infantil. Em busca de auxiliar as crianças a terem uma alimentação mais saudável, e assim prevenir e combater a obesidade, a Fundação Municipal de Saúde (FMS), em parceria com a Fundação Municipal de Educação (FME), lança a campanha “Pedrinho Campeão”, nesta quinta-feira (28), no Ginásio Paulo Jacob May, a partir das 14 horas.

 

Exercícios e alimentação adequada, visando qualidade de vida, são iniciativas cada vez mais frequentes nos Centros de Educação Infantil (CEIs) e nas escolas, por meio do Programa Saúde na Escola (PSE). Com o objetivo de intensificar as ações cerca de 400 crianças da Rede Municipal de Ensino estarão presentes no lançamento da campanha. O evento vai contar com brincadeiras, atividades lúdicas e lanches saudáveis para a garotada.

 

Com vídeos, panfletos e mascote, a história do Pedrinho Campeão vem para despertar nos pequenos o interesse para um tema tão importante. De acordo com a gerente de saúde da FMS, Chaiana E. M. Marcon, levar o acesso diferenciado para as crianças é o ponto chave para que o tema chegue em casa. “É importante ser realizado nas escolas, para que as crianças cheguem em casa, questionem e conversem com os pais e responsáveis sobre ter realmente uma alimentação saudável”.

 

As ações da campanha vão ocorrer de forma já protocolada pelo Ministério da Saúde, para as escolas que são cadastradas no Programa Saúde na Escola (PSE). “Agora, elas terão um personagem para se espelhar, que é real e para que eles também sejam campeões”, descreve a gerente.

 

 

Obesidade Infantil

 

A obesidade infantil é um dos problemas crônicos que mais acometem os pequenos atualmente. De acordo com os dados do Ministério da Saúde de 2018, cerca de 12,9% das crianças brasileiras, que têm de 5 a 9 anos, são obesas. “Hoje, sofremos muito com os produtos industrializados e a grande oferta de alimentos gordurosos”, pontua a nutricionista do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), Cristina Copetti Firminio.

 

Com 11 anos de profissão, Cristina descreve que os altos números de crianças obesas, na maioria das vezes, ocorrem por conta do reflexo das ações dos pais ou responsáveis. “É uma luta, pois as crianças sofrem com isso, porque elas por si só já possuem dificuldade de acertar os alimentos, então precisam de muita disciplina e exemplo”.

 

Para prevenir ou até mesmo sair da faixa que classifica a obesidade, a maior fonte de ajuda “é aliar os exercícios físicos a uma alimentação regrada e saudável”, descreve a profissional. A doença crônica provoca uma série de consequências se não cuidada, como hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, aumento de gordura no sangue e “uma criança obesa tem grandes chances de se tornar um adulto obeso”, completa.

 

Cuidar dos pequenos agora é de extrema importância para o próprio futuro, relata a nutricionista. “É importante debater o tema desde, porque o resultado vem lá na frente, no futuro das crianças e dessa geração. Se não debatido, a saúde pública vai sofrer e as próprias pessoas. É muito questão de hábitos, precisamos modificar e ser firmes nesse processo”.