Agentes Comunitários de Saúde recebem capacitação sobre o trabalho infantil

Para fortalecer a intersetorialidade no enfrentamento ao trabalho infantil, ampliar a identificação e notificação dos casos, foi realizada na segunda-feira (03) e terça-feira (04), no auditório da Fundação Municipal de Desenvolvimento Social (FMDS), capacitação para 220 Agentes Comunitárias de Saúde e enfermeiros responsáveis pelas 32 Unidades Básicas de Saúde do município.

 

O trabalho infantil é uma realidade para muitas crianças que são impedidas de vivenciar plenamente a infância. A luta contra o trabalho infantil demanda envolvimento dos diversos segmentos sociais para proteger crianças e adolescentes no enfrentamento dessa questão social muitas vezes “invisível” (trabalho doméstico, nos pequenos negócios) e em situações consideradas as piores formas, como o tráfico de drogas, por exemplo.

 

A gerente da FMDS Kelly Botega Fortunato apresentou os dados apontados pelo Censo 2010 que confirmam que Tubarão possui alta incidência de situações de trabalho infantil. Explicou sobre a caracterização, o tipo e a importância do comprometimento de todos os profissionais que atuam na rede de atendimento e proteção às crianças e adolescentes no combate ao trabalho infantil.

 

“Foi importante fortalecer as informações aos agentes comunitários de saúde, pois eles desenvolvem um trabalho relevante e estão próximos da população. Eles serão nosso apoio na notificação do trabalho infantil. Finalizamos na certeza que poderemos contar em breve com dados mais precisos relacionados ao tema”, observa a coordenadora do Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Aepeti), psicóloga Fernanda Bez Batti Sousa.

 

“Os agentes de saúde são importantes atores, parceiros no combate ao trabalho infantil, pois possuem contato com as famílias e podem realizar não apenas as tarefas de conscientização, como também notificações de modo a obtermos estatísticas mais precisas e assim conseguirmos elaborar formas mais eficientes de combatê-lo”, enfatiza a coordenadora de Proteção Especial de Média e Alta Complexidade, assistente social Lilian Folchini Masiero Gonçalves.