Frequência nos polos educacionais não chega a 50% dos inscritos

Menos da metade das crianças inscritas estão comparecendo, efetivamente, aos polos educacionais instalados pela Fundação Municipal de Educação nos Centros de Educação Infantil Álvaro Braz Fernandes, Peixinho Dourado e José Santos Nunes.

 

O baixo índice de frequência foi constatado no levantamento que tem como base as três primeiras semanas de funcionamento, já que as atividades iniciaram no último dia 3 e se estendem até o próximo dia 31 de janeiro.

 

Do total de 420 crianças inscritas, cerca de 200 têm, de fato, comparecido com frequência aos polos. “Nos preparamos para receber esse público. Investimos em alimentação, contratamos professores, serviços gerais, merendeiras, motoristas. Foi montada uma grande logística para atender àqueles que se inscreveram e sentimos que é um grande desrespeito solicitar uma vaga e não usá-la”, lamenta o diretor-presidente da Fundação Municipal de Educação, Mário Cardoso.

 

Cerca de R$ 350 mil foram investidos para manter os três polos abertos, calcula o diretor-presidente, “Os recursos poderiam ter uma melhor destinação. Acreditamos que pelo menos R$ 200 mil foram desperdiçados, valor considerável, que certamente poderia ser bem investido em diversas melhorias na nossa rede municipal”, atesta.

 

A equipe da fundação vai aguardar o encerramento dos polos para analisar o relatório de frequência e fazer o levantamento final dos gastos. “Adotamos diversos critérios para ceder as vagas, mas, infelizmente, conscientizar os pais para não pedir a vaga, se não for, efetivamente usar, é o nosso maior desafio”, ressalta Mário Cardoso.

 

Com base nos resultados de 2018 e de 2017, quando a frequência geral também ficou em torno de 60%, ou cerca de 370 crianças/dia, a prefeitura vai procurar mecanismos para impedir gastos desnecessários. “Vamos fazer uma avaliação dos resultados deste ano, para encontrarmos uma solução que evite esses desperdícios”, adianta o prefeito Joares Ponticelli.