Lembranças e prevenção são temas do seminário de 43 anos da Enchente de 74
O auditório da Amurel ficou lotado na manhã desta sexta-feira (24) para o Seminário de 43 anos da enchente de 1974. O evento, promovido pela Coordenadoria de Defesa Civil de Tubarão, Conselho Municipal de Segurança de Tubarão (Comset), Câmara de Vereadores e a Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos (Area), tem como objetivo manter as lembranças daquele fato como forma de buscar e aperfeiçoar planos e instrumentos de prevenção a futuras catástrofes climáticas.
Na abertura do seminário, o prefeito de Tubarão e presidente da Amurel, Joares Ponticelli, destacou uma virtude diferenciada da população de Tubarão que surgiu naquela tragédia. “Aquilo fez surgir uma enorme solidariedade. O povo de Tubarão é o mais solidário de Santa Catarina”, garantiu Joares.
Um dos organizadores do seminário, o vereador Maurício da Silva, fez um breve histórico da enchente e apresentou dezenas de fotos em um áudio-visual silencioso. A explicação veio em seguida. “E a trilha sonora é essa mesma, o silêncio”, disse em seguida, como em sinal de respeito às 199 vítimas da tragédia.
A participação do secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, no evento serviu para informar a atual situação do projeto de redragagem do rio Tubarão em um trecho de aproximadamento 34 quilômetros. No fim de 2016 foram feitas audiências públicas em Tubarão, Capivari de Baixo e Laguna. O pedido de continuidade do processo ambiental acabou esbarrando em um parecer da APA da Baleia Franca/ICMBio. “O relatório deles apresenta uma dupla interpretação. Por um lado se entende um indeferimento, e por outro um deferimento com uma série de condicionantes a serem atendidas”, ressaltou o secretário.
Até o fim deste mês a Defesa Civil do Estado espera receber os argumentos indicados pelo ICMBio para serem encaminhados ao órgão licenciador para dar continuidade ao processo ambiental. Por questões legais e políticas que se renovam ou interrompem em razão de eleições estaduais ou nacionais, Rodrigo Moratelli evitou estabelecer prazos sobre os projetos da redragagem do rio Tubarão.