Luta contra o tabagismo: Policlínica Central e UBSs promovem grupos de apoio

Considerada uma doença crônica causada pela dependência da nicotina, o tabagismo fez muitos reféns ao logo dos anos. Em contrapartida a esse problema da sociedade, foi criado no fim da década de 1980, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), que visa auxiliar os dependentes a pararem de fumar. Em Tubarão, o programa é realizado pela Policlínica Central e algumas Unidades Básicas de Saúde (UBS) durante o ano.

 

Seguindo o modelo nacional do Ministério da Saúde, que é vinculado ao Instituto Nacional de Cancêr, o INCA, os grupos formados na Cidade Azul possuem no mínimo oito encontros. É uma média de três meses de tratamento, com 20 participantes, o que ajuda no atendimento da demanda particular, relata a coordenadora do programa Solange de Souza Castelini. “A condução do grupo fica mais fácil, porque tem pessoas que falam abertamente e outras não”.

 

Todo o acompanhamento é pensando estrategicamente em ajudar o paciente a ter autonomia ao concluir o programa. No primeiro mês são promovidos encontros toda a semana e depois, os eles acontecem a cada 15 dias. “É importante dar segurança para eles nesse período para que possam caminhar sozinhos depois”, ressalta a enfermeira.

 

Durante o processo, o grupo recebe abordagem multidisciplinar. Enfermeiros, médicos, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais, são normalmente quem frequenta as reuniões em prol de ajudar a vencer a dependência ao tabaco. Todo esse empenho, resulta em repostas positivas. “Atualmente o índice satisfatório, as pessoas conseguem largar o vício e isso é um incentivo para continuarmos no caminho certo”, conta Solange.

 

Adesivos de reposição de nicotina são os principais meios utilizados. Há também quem necessite de medicamentos, mas tudo é de acordo com a avaliação médica. Informação educativa é bastante usada, mas o grupo, segundo a coordenadora, é o que mais ajuda no tratamento. “A ideia é que um consiga ajudar o outro através do depoimento. Falar como estão se sentindo e suas dificuldades, até porque nunca vai ter uma receita q funciona para todos”.

 

No mês da luta mundial sem o tabaco, que é comemorado no dia 31 de maio, é valido ressaltar que ele é identificado como fator de risco para uma série de doenças, principalmente o câncer. E são os portadores dessa patologia que estão em mais números nos grupos.

 

Antes mesmo de descobrir algo, é interessante ir atrás de ajuda para se livrar desse mal. Quem tiver vontade de participar, deve ligar ou ir até a Policlínica Central e na recepção deixar o nome e o contato, de preferência mais de um, já que existem casos que as pessoas não atendem o telefone e acabam por perder a vaga.

 

A lista é organizada por ordem de chegada, mas com prioridade para casos urgentes, os outros aguardam conforme for trabalhado os grupos. Há unidades que também promovem as reuniões durante o decorrer do ano, como o KM60, KM63, Santo Antônio de Pádua e Humaitá.

 

Atualmente um grupo está no quarto encontro, todas as terças-feiras no auditório da Fundação Municipal de Saúde (FMS). Os organizadores têm expectativas que mais dois sejam efetuados nas unidades, como a da Passagem e do Morrotes, para ter a primeira experiência.